EP 112: A Forma da Água | Guillermo Del Toro | Todo o Dinheiro do Mundo

Os Monstros Também Amam

E o tão esperado filme de Guillermo Del Toro chega aos cinemas: nosso principal tema da semana é A Forma da Água (33:37), o favorito ao Oscar, dono de 13 indicações, vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza, e de um apuro técnico admirável. Teria chegado a vez do mexicano ser consagrado em Hollywood? A Varanda fala do filme e carreira de Del Toro. Desta vez, abrimos espaço para um cantinho de spoilers (1:10:39) – portanto, cuidado!

O polêmico Todo o Dinheiro do Mundo (1:14:40), do consagrado Ridley Scott, também está em debate. A troca de Kevin Spacey por Christopher Plummer é sim um dos pontos em debate, além da tentativa do diretor de fazer um retrato ácido dos mais ricos.

E mais: Cantinho do Ouvinte, muitas Recomendações, a polêmica de Uma Thurman e o vídeo do acidente de Kill Bill, o Varandeiro do Zodíaco (1:39:46) entrando na Era de Aquário, Boletim do Oscar (23:42) e rapidinhas sobre o filme-supresa The Cloverfield Paradox (9:56), que dominou as redes sociais desde que foi lançado, no domingo (4), após o Super Bowl. Bom podcast!

METAVARANDA (média das notas dos filmes da edição)

A Forma da Água | The Shape of Water | Guillermo del Toro | 71
Todo o Dinheiro do Mundo | All the Money in the World | Ridley Scott | 33

Gravado na segunda, 5 de fevereiro, na varanda do Michel.

8 comentários sobre “EP 112: A Forma da Água | Guillermo Del Toro | Todo o Dinheiro do Mundo

  1. Varandeiros,

    Fiquei comovido com a defesa de Del Toro e a emoção do Tiago ao falar do filme. A mim, confesso, ele sou artificial demais em todas as relações estabelecidas ao longo da narrativa. E, particularmente, vejo isto como um problema, posto que, o cinema deve envolver o espectador na história, afinal, somente envolvendo o espectador ele pode, como diria Edgar Morin, funcionar como nossas cavernas pré-históricas e, consequentemente, construir novos mitos e lendas sobre a humanidade.

    Obviamente é inegável que Del Toro inventa um mundo lindo de se ver na tela grande, já tinha feito em outros filmes como A Colina Escarlate, mas é decepcionante não se envolver naquilo que está se vendo.

    Como disse para Chico e Michel em outras redes, parece-me que Del Toro, como Tim Burton, é um excelente diretor de arte, mas um cineasta apenas razoável… Difícil esperar mais dele.

    Abraços!

    Daria 6,5 também.

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      1. Sim, concordo, mas emocionar-se ou não com um filme não seria uma experiência também muito pessoal? Digo isso porque vi pessoas indo às lágrimas na sessão de A Forma da Água. Para elas, o filme funcionou como uma “caverna pré-histórica”, certo?

        Abs

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  2. Sim, ver e se emocionar com a arte é uma experiência pessoal. Contudo, confesso ser no mínimo estranho perceber que minhas sensações sobre o filme vai ao encontro de muitas pessoas que fazem crítica. Talvez o sensíveis estejam mais próximos do tema explorado, talvez ele gostem de Del Toro é achem tudo lindo o que ele faz… Eu, realmente, não consegui comprar aquela relação… Tudo artificial como um bom suco Tang.

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  3. Varandeiros,

    Favor não comparar A Forma da Água com A Dama na Água. Compare este último com filmes ao seu nível como Cinderela Baiana, Sharknado ou qualquer um dos últimos filmes que o Nicolas Cage tenha feito para pagar suas contas. Assim comparar Guillermo del Toro com M. Night Shyamalan é um desserviço ao cinema. Sem contar que um filme não tem NADA a ver um com outro. Eu não sei o que o Chico está usando para fazer uma comparação ridícula dessas.

    Falando em Todo o Dinheiro do Mundo, vocês não acham que a história se encaixaria melhor em um formato de Minissérie como a que está sendo produzida pelo FX? O elenco tem Hilary Swank (oi, sumida!) no papel interpretado pela Michelle Williams (Gail Getty) e Brendan Fraser (oi, sumido!) no papel interpretado pelo Mark Wahlberg (James Fletcher Chace) e Donald Sutherland no papel interpretado pelo Christopher Plummer (J. Paul Getty). Além disso, os livros e as referências de cada adaptação são completamente diferentes. Tanto que o produtores de Trust criticaram abertamente o filme do Ridley Scott, dizendo que a história é bem distinta da apresentada. O filme é bem ruim mesmo.

    Obs: O Charlie Plummer e Christopher Plummer não são parentes;
    Natalie Portman e a Angelina Jolie quase viveram o papel da Gail Getty;
    O Getty que foi sequestrado depois se tornou pai de um ator de cinema chamado Balthazar Getty (1975-) que fez filmes como Senhor das Moscas, Estrada Perdida, Young Guns II.

    Um Abraço.

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    1. Estou até triste pelo Chico, mas vou repassar o comentário sobre A Dama/A Forma da Água.

      Sobre essa comparação entre um filme que existe e uma série que ainda não foi lançada… Comprova minhas ideias sobre a Síndrome do Espectador Otimista. O que eu acho é que pode ser que sim e pode ser que não. Não vejo nada extraordinário no elenco da série e ninguém sabe ainda se eles vão transformar a trama real num novelão arrastado e tão problemático quanto o filme do Scott. Veremos.

      Abs.

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  4. Comparar A Forma da Água com A Dama na Água deixa a situação complicada pro primeiro. Enquanto acho o filme do del Toro no máximo razoável (muito mais ou menos, sendo bastante sincero), o do Shyamalan é um dos maiores filmes do século XXI. Então #ForçaChico

    Sobre o filme do Ridley Scott: ainda tô criando coragem pra gastar dinheiro e tempo com ele. Confesso que os comentários de vocês não ajudaram muito nisso heheh mas até o Oscar eu assisto.

    Curioso pra saber o que acharam do Lady Bird.

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  5. Fazia tempo que não ouvia a varanda! E como não acompanhei os filmes, não queria ouvir, assisti A Forma da Água no domingo e queria saber a opinião de vocês!
    Eu gostei bastante, é um carinho para meus olhos e ouvidos! Quando o filme acabou eu não queria sair do lugar, queria continuar mergulhada naquele mundo e ouvir aquela música para sempre! Ao sair do cinema estaria abandonando aquela magia toda e voltaria para o mundo real.
    Eu queira chorar depois que o filme acabou, eu não chorei, mas isso não significa que não me emocionei, afinal, emoção abrange um range grande de coisas, não é só chorar. Eu queria chorar, acho que pela coisa linda que eu tinha visto, foi muita riqueza para meus olhos! É lindo ver tanta mágica, esperança, preocupação, cuidar do outro, uma muda como personagem principal. Sei lá, pra mim foi uma mistura de muita coisa que deu certo! Não tinha nada de simples, mas parecia simples, era muito cuidado com tudo, muita delicadeza.
    O monstro come o gato e o dono do gato entende que aquilo é a natureza do outro!! Ele não fica bravo ou com raiva, porque entende a evolução de cada um?? Tapa na cara! Hahahaha
    Sobre o que vocês falaram da atuação sem emoção ou planejada de mais, pra mim faz parte de como contar a história, querer causa um certo distanciamento, fazer o espectador comprar a história sem se envolver tanto com ela, o que é muito mais difícil. Acho que a ideia é, vocês devem acreditar na paixão dos 2, sem esquecer que é uma “humana” com um “Deus-peixe”. Veja essa história linda, mas você não faz parte dela.
    Eu fui tocada, não de chorar, mas de esperança, de ingenuidade, de verdade, de bondade.
    Que 2 faxineiras acabaram com o trabalho de tanta gente “importante”. Elas tiveram coragem de fazer o que o médico não tinha, apesar de discordar dos métodos que estavam sendo utilizados.
    Eu pensei na mesma coisa que a Cris e fiquei muiiiito curiosa para saber a história da Elisa, eu acho que ela é humana que foi parar na água e foi “salva” pela espécie do peixe. Dessa forma, houve uma conexão dela com a espécie dele e que algum dia ela poderia sobreviver no mar e ser muda não afetaria em nada na relação dela com o amor da vida dela, nem na vida que ela estava destinada a ter. Ou então, ela nasceu peixe e foi salva da “maldição” e virou humana (como se isso não fosse maldição, né? hahahaha) mas naturalmente tinha um vinculo com ser peixe e por isso pode viver no mar. Ou seria ela fruto de um relacionamento peixe-humana? E nasceu as 2 coisas???
    Eu queria saber muito mais sobre os personagens. Se não me engano em um dos episódios a Cris comentou que o Del Toro escreveu um livro independente para cada personagem, além do filme e achei genial (tô confundindo?).
    É isso, na verdade eu sinto que não consigo explicar o que eu vi. Sai do filme pensando que é o tipo de filme para ver 2 vezes, para conseguir reparar em tantos detalhes
    Eu também acho que a emoção está muito ligada ao pessoal e ao momento de cada um.

    Obs. Digo que achei injusto spoiler de filme que não estava na roda!

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