Três Indicados e um Sem Fôlego
O episódio da semana traz nada menos que quatro filmes. Três deles têm indicações ao Oscar, atores e diretores de peso. O outro vem da competição de Cannes… mas foi ignorado pela Academia de Hollywood.
The Post – A Guerra Secreta (10:25) tem Steven Spielberg provocando a era Trump e defendendo a liberdade de expressão. É a primeira vez em que Meryl Streep e Tom Hanks contracenam.
O Artista do Desastre (41:10) é o grande feito da carreira de James Franco como cineasta na paródia de um desses filmes cults que são terríveis de ruins.
Agnes Varda e JR num documentário que une fotografia num road movie pela França das pessoas comuns. Visages, Villages (58:14) vem com força na disputa pelo Oscar de documentário.
Por fim, Todd Haynes, queridinho dos varandeiros, volta com Sem Fôlego (1:12:26), uma fábula infantil cheia de cores e músicas em referência às décadas de 20 e 70. E ainda temos Cantinho o Ouvinte, Boletim do Oscar e Recomendações. Bom podcast!
METAVARANDA (média das notas dos filmes da edição)
The Post – A Guerra Secreta | The Post | Steven Spielberg | 46
O Artista do Desastre | The Disaster Artist | James Franco | 53
Visages, Villages | Agnès Varda e JR | 67
Sem Fôlego | Wonderstruck | Todd Haynes | 55
Gravado na segunda, 29 de janeiro, na varanda do Michel.
Varandeiros,
Ouvi só até The Post, que foi a única estreia no país Amazônia. Vou pontuar algumas coisas:
1) Tiago e Michel querendo salva Spielberg pelo coração.
2) To com Cris e Chico na nota!
3) Sobre o filme…
I)
Eu não conhecia a história e mesmo assim o envolvimento foi quase zero. Creio que isto tenha acontecido em virtude do filme apresentar problemas graves no endereçamento. Afinal, Spielberg atira (e que tiro ruim esse!) para todos os lados e erra todos os alvos. Por isso, a narrativa é desencontrada no desenvolvimento de um tema. Em bom português, deram um tema de redação do Enem e Spielberg fugiu quase que totalmente do tema.
II) Atuações.
Hanks tá num automático absurdo. Acho que era um robô. Atuação fraquíssima. Bem que faz tempos que ele não faz nada legal. De modo geral, desde Capitão Philips, Hanks vem ganhando bem e atuando mal.
Streep foi indicada por que é legal ter ela na lista para as outras atrizes dizerem “eu ganhei da Meryl!”. Fato que ela é a melhor atuação do filme, mas, ainda assim, longe de ter qualidade suficiente para ser indicada até ao framboesa de ouro.
Por que as atuações são fracas? – É aqui eu não tenho problema com quem está atuando desde que me entregue uma atuação – Por que Spielberg não tinha uma história de verdade. Ele parecia ter quadros do zorra total totalmente desconectados como narrativa. Triste isso 😢
III) The Post é o pior Spielberg do pior Spielberg. Acho que deram para o filho filmar… Depois desse da até medo de rever seus clássicos, por que olha… Spielberg pode se tornar um Artista do desastre.
Com muito amor ao Spielberg esse filme é Regular
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“Com muito amor ao Spielberg esse filme é Regular”
Agora ficou parecendo o Michel quando elogia, elogia, elogia e dá nota 3. Só que ao contrário rs
Abraço!
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Devo confessar que esperava mais de The Post, principalmente da personagem da tia Meryl, gostei da atuação dela, mas a personagem que eles estão vendendo no filme é uma sombra daquela que eles vendem nas entrevistas. Talvez haja o problema da persona Meryl ser maior que a personagem, seria agora um problema frequente em filmes com a atriz. Vocês não fazem programas de biografias? Seria interessante ouvir sobre a Meryl, é superestimada ou merece o frenesi em volta dela? Estou revisitando seus filmes e vendo alguns que não vi, estou tendendo a ficar na turma que acha ela o máximo, rsrs.
Foi divertido ver o filme, nem vi o tempo passar, mas algumas coisas incomodaram:
A cena do protesto dos Hippies parecia bem descolada do resto do filme. A moça hippie entregando os documentos. WHY? WHY? Quando a Meryl desce as escadas e aquele monte de mulheres em volta, olhando pra ela com admiração, eu fiquei: não façam isso. A cena da revelação da sentença também foi ridícula, devia chegar alguém e dizer pra personagem da Mery o resultado, sem a citação do juiz. E a cereja do bolo foi o diálogo da personagem da Sarah Paulson com o Tom insultando a nossa inteligencia.
Por outro lado, gostei e achei interessante a cena em que há aquela primeira reunião da Kay com os homens e ela não é ouvida.
Quanto a Artista do Desastre: não vi e não gostei, rsrs.
Vocês acham que a ressurreição do caso de agressão do Gary Oldman com a ex, na época esposa pode fazer o Oscar escorregar das mãos dele?
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*Talvez haja o problema da persona Meryl ser maior que a personagem, seria agora um problema frequente em filmes com a atriz?
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Um episódio sobre a Meryl é uma boa ideia, realmente. Geralmente focamos em diretores, mas há atores que merecem um papo mais alongado. Particularmente, acho que a Meryl tem uma tendência a ofuscar algumas das personagens que ela interpreta, mas não sei se essa é a opinião dos outros varandeiros. Vou levar a pergunta ao próximo Cantinho.
Abraço!
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Ainda não consegui superar esses episódio. Tiago e toda a varanda, muito obrigado pela carinho. Esse episódio mexeu comigo. Eu jurava que o Michel também era jornalista. Pode dizer o que ele faz, é que fiquei curioso.
Sobre os filmes, só estrearam dois aqui em Salvador. A minha cidade está com delay nas estreias. No caso do ‘The Post’ eu até que fui tendencioso a gostar, mas bati na parede. Cheguei a preferir Meryl Streep em o ‘Caminhos da Floresta’ do que no filme do Spielberg. Tom Hanks eu nem coloco mais tanta fé assim, não consigo ver o personagem além dele mesmo. E nem adianta mais pontuar nada, infelizmente queria poder discordar de vocês, mas não tenho argumentos. Spielberg não acertou a mão dessa vez, e olha que a ideia do filme era bem legal. Como dizem: a pressa é inimiga da perfeição.
Já o filme do Todd Haynes eu sou suspeito pra falar, é um dos meus diretores prediletos. Eu imergi completamente na história de ‘Sem Fôlego’. Fui tão despretensioso que sai grato com tudo que assisti. A divisão dos tempos, o cinema mudo mais o cinema falado, a fotografia preto e branco mais a fotografia colorida, história de crianças, música do David Bowie. Tudo me pegou. Gostei e não foi pouco. Um abração pra vocês e bom carnaval!
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Obrigado por mais um comentário muito legal, Vitor. Abraço!
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Oi, pessoal!
Sobre o ‘The Post’, a Cris fez uma ótima referência a Dawson’s Creek, pois me senti o próprio gif do Dawson chorando depois de assistir ao filme; fiquei me perguntando onde estava o filme que fez o pessoal chorar nas sessões privadas antes do lançamento. A trilha desencontrada/equivocada me incomodou bastante e a sutileza passou longe (acho que poderiam ter cortado, pelo menos,duas cenas de gente desenhando as coisas que dava pra entender nas entrelinhas). Mas o filme parece ter funcionado pra muita gente, na minha sessão tinha gente gritando pra Meryl Streep “isso aí! mostra pra eles!” (sério!)… ¯\_(ツ)_/¯
Já o ‘Visages, Villages’: que maravilhoso um ‘Siga bem, caminhoneiro’ com a Varda! Adorei e achei muito divertido, mesmo nessa coisa bem encenada (acho que só forçou muito na história dos óculos no final).
Esse programa tá uma reviravolta atrás da outra: o Chico vendo série, o Michel dando nota 8… Amanhã não espero nada menos que a Cris criticando um britânico ou o Tiago elogiando o Blade Runner do Villeneuve! 😉
Abraço
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Acho que já seria surpreendente se eu ASSISTISSE ao Blade Runner do Villeneuve, rs. Mas é por aí, Ana: a Varanda tem mais surpresas que os episódios de The Good Place.
Abs
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