[Uma Varanda Pessoal com Martin Scorsese pelo Cinema Americano]
Martin Scorsese está de volta ao centro das discussões do mundo do cinema. Do estouro com as primeiras impressões com O Irlandês, e a proximidade da estreia do filme, até a polêmica com suas críticas aos recentes filmes de super-heróis e as referências em Coringa, o sucesso da temporada: por que os cinéfilos não param de falar sobre o diretor de Taxi Driver?
Os varandeiros não aguentaram a ansiedade e prepararam um episódio especial com o cinema de Martin Scorsese. Um raio-x da carreira, nossos favoritos em um Top 5 especial, e um papo sobre O Rei da Comédia. Corram para ver os filmes de Marty antes de apertar o play!
Mais: Boletim do Oscar, muitas dicas e expectativas de filmes na 43ª Mostra SP, Puxadinho da Varanda destacando Morto Não Fala e a Noite Amarela e o Cantinho do Ouvinte com comentários do episódio anterior. Bom podcast!
| Varandeiros |
Cris Lumi @crislumi
Michel Simões @michelsimoes
Tiago Faria @superoito
| Cinema na Varanda nas redes sociais |
Facebook: facebook.com/cinemanavaranda
Twitter: @cinemanavaranda
Instagram: cinemanavaranda
e-mail: podcastcinemanavaranda@gmail.com
Gravado na segunda, 14 de outubro, na varanda do Michel.
Reouvi o trecho de dicas dos Varandeiros e anotei pra procurar depois. Compartilho para facilitar a vida de nós
ouvintes varandetes.
Chico
Sátántangó (Béla Tarr)
(Vários do Olivier Assayas: Irma Vep; Clean, etc)
So Long, My Son (Wang Xiaoshuai)
Maggie (Lee Ok-seop)
Casa (Letícia Simões)
Diz a Ela que Me Viu Chorar (Maíra Bühler)
Sete anos em Maio (Affonso Uchoa)
Pacificado (Paxton Winters)
O Projecionista (The Projectionist – Abel Ferrara)
Family Romance, LLC (Werner Herzog)
Dois Papas (The Two Popes – Fernando Meirelles)
Technoboss (João Nicolau)
Michel
O Paraíso Deve Ser Aqui (It Must Be Heaven – Elia Suleiman)
Monos (Intervenção Divina) [representante da Colômbia pro Oscar]
O Farol (The Lighthouse – Robert Eggers)
A Vida Invisível (Karim Ainouz)
Wasp Network (Olivier Assayas)
Amazing Grace (Sydney Pollack, Alan Elliott)
Sinônimos (Synonyms – Nadav Lapid)
Pertencer (Aidiyet – Burak Çevik)
Papicha (Mounia Meddour Gens) [representante da Argélia pro Oscar]
Honeyland (Ljubomir Stefanov, Tamara Kotevska) [representante da Macedônia pro Oscar]
CurtirCurtir
Perfeito, Gabriel. Deu uma bela ajuda pros varandeiros ouvintes. Obrigado!
CurtirCurtir
Opa, não por isso! Valeu Tiago.
E só corrigindo, “Intervenção Divina” é o filme do Elia Suleiman, não é nome nacional do MONOS. Eu sei lá porque pus entre parenteses ali ¯\_(ツ)_/¯
CurtirCurtir
Apoio uma pt.2 nos comentários da semana passada
CurtirCurtir
Não deu tempo de ler tudo. Vou tentar retomar alguns deles. Abraço!
CurtirCurtir
Mais um excelente episódio, senti falta de comentário sobre um filme em particular do Scorcese “ilha do medo”, acho a edição do filme muito boa. Acredito que o Scorcese “dos anos 2000” ainda será uma referência para os futuros cineastas, por transitar por gêneros e conseguir incorpora a tecnologia nos seus filmes. Por fim, adoro o Rei da Comédia , personagem do DeNiro sempre me assustou, um filme que ficou maior com o tempo.
CurtirCurtir
Eu gosto desse filme. Mas é aquela coisa… São tantos bons filmes que alguns ficariam de fora, inevitavelmente. Abraço!
CurtirCurtir
Excelente episódio! Apenas recentemente vi o “Rei da Comédia” e adorei. Sobre a cena do De Niro gritando com sua mãe, me lembrei de Psicose. A mãe nunca aparece, está sempre em outro cômodo e suas interferências apenas perturbam o protagonista. Acho que Scorsese fez essa relação para reforças, de forma sutil, a psicopatia do protagonista.
Abraço e vejo vocês na Mostra!
Rodrigo
CurtirCurtir
Também pensei em Psicose. Certamente foi uma referência MUITO proposital. O Scorsese AMA Hitchcock.
Abraço.
CurtirCurtir
Olá varandeiros!
Depois de escutar esse episódio tenho certeza que vcs vão amar o filme novo do Scorsese. No entanto, senti falta de vcs comentarem que ele na grande maioria de seus filmes, sempre foi um diretor muito masculinizado e branco, até mais que o Tarantino (já que vcs falaram da outra vez), deu pouquíssimas vozes à minorias e que na minha opinião de uns tempos pra cá anda se repetindo em seus temas ou na forma como faz seus filmes. A título de comparação, considero que o Spielberg conseguiu envelhecer e diversificar seus projetos bem mais que o Scorsese. Só para se ter uma ideia, o Spielberg, ano que vem, vai lançar um musical com um elenco composto praticamente de Latinos, enquanto o Scorsese está bem longe disso. Mesmo assim, ele continua sendo um dos maiores diretores americanos de todos os tempos.
Abraços.
CurtirCurtir
Você fez me sentir um hétero babão agora, Luísa, rs. Acho interessante a discussão. Nesse aspecto de gênero, vejo mais complexidade no cinema do Scorsese do que no do Tarantino. Mas rende uma boa conversa. Vou puxar o assunto no Cantinho.
Abraço!
CurtirCurtir
Gostei demais do programa. O CCBB fez este ano uma retrospectiva com todos os filmes do Scorsese tive a oportunidade de ver/rever vários filmes. Acho que pelo menos um dos documentários sobre cinema, o americano ou o italiano, teria lugar no meu top 5.
Minha experiência com o diretor teve uma trajetória comum, comecei com Os Bons Companheiros e Cabo do Medo. Gostei tanto deste último que fui assistir os outros filmes, não entendi direito Taxi Driver com meus 14 para 15 anos, mas me apaxonei por Depois de Horas e O Rei da Comédia, e partir daí vi tudo dele.
Na discussão sobre o Rei da Comédia vocês avaliam bem a premonição do diretor sobre a questão do culto a celebridade e o mundo cão do showbusiness, mas acho outro filme anterior, de 1976, com uma visão ainda mais devastadora sobre o tema Rede de Intrigas (the network) do Sidney Lumet.
abs
CurtirCurtir
Belo filme, Rede de Intrigas. Também premonitório, eu acho. Mas O Rei da Comédia vai um pouco além. Consigo ver um filme bem realista de 2019 sobre uma adolescente que vai atrás da musa fit preferida que ela curte stalkear no Instagram. É a nossa realidade, simplesmente.
Abraço.
CurtirCurtir
Pior que eu me lembro exatamente do meu primeiro contato com o cinema do Scorsese.
Eu tinha na faixa dos 9 ou 10 anos e estava assistindo TV até tarde. Lembro que era tão ingênuo a ponto de não entender o conceito do Cine Belas-Artes do SBT, para mim era só mais uma faixa de filmes normal, e nesse tal dia decidi assistir o comecinho do filme que iria passar até dar sono e ir dormir. Acontece que o tal filme era Os Infiltrados e minha versão jovem não conseguiu ir dormir até finalmente ver o final, tamanho o frenesi da história (fato inédito até então).
No outro dia na escola falei para todos meus amigos sobre o filme e passei batido.
Só fui ter contato com o cinema de Scorsese de novo quando aos 18 levei minha namorada pra assistir O Lobo de Wall Street no cinema, sem ter a mínima ideia novamente do que se tratava afinal não me considerava cinéfilo na época. Quando finalmente passei a aprender mais sobre cinema fui pesquisar o Scorsese de Taxi Driver e Goodfellas, mas para sempre terei um carinho especial pelo Scorsese moderno.
E sobre a questão de os novos filmes influenciarem novos diretores eu particularmente acho que filmes como The Big Short e Cães de Guerra são mais frutos da pegada pós 2000 mesmo, ou seja, já está acontecendo.
CurtirCurtir
Olha, Pablo, BEM lembrado. Realmente, dá pra ver um pouco do estilo do Scorsese de ‘Lobo’ nesses filmes políticos mais recentes. Queimei minha língua, então.
Abraço!
CurtirCurtir