EP 181: Cannes 2019 | O Hospedeiro | Brasil em Cannes

[K-Pop em Cannes]

Brasil e Coreia do Sul saíram com grande destaque da 72ª edição do Festival de Cannes. Para trazer informações quentíssimas sobre a mostra francesa(4:02), convidamos quem esteve lá e viveu muitas das emoções e bastidores. É a volta da sempre ilustre Paula Ferraz à Varanda – e em noite de gala. Paula, participou da equipe de A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Karim Aïnouz, o grande vencedor da Un Certain Regard.

Não podemos esquecer de festejar o grande vencedor da Palma de Ouro, o sul-coreano Bong Joon-Ho, escolha unanime do júri. Para esquentar os tamborins na expectativa por Parasite nos cinemas brasileiros, a Varanda resgata seu grande sucesso, O Hospedeiro (46:15) com um debate completo do longa.

Bacurau também colocou o Brasil na noite de premiação. O filme de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles ganhou o prêmio do Juri na Competição. Com tanto Brasil em Cannes, resolvemos resgatar o histórico dos filmes brasileiros que já participaram do festival (1:10:31). Já estivemos melhor muito?

No Puxadinho (1:31:18), muitos filmes, de Aladdin e Brightburn a Hellboy, O
Inferninho e A Grande Dama do Cinema. E O Cantinho do Ouvinte traz comentários do episódio anterior. Bom podcast!

| Filme em destaque |

O Hospedeiro | The Host | Bong Joon-ho | 2006

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Gravado na segunda, 27 de maio, na varanda do Michel.

6 comentários sobre “EP 181: Cannes 2019 | O Hospedeiro | Brasil em Cannes

  1. A gente tem que fazer uma petição online pedindo que a Palma de Ouro do Brasil de 1962 valesse para um Oscar de Filme Estrangeiro retroativo. Provavelmente resolve aí a nossa situação com a Academia. Petições online resolvem tudo (menos a HBO refazer a última temporada de Game of Thrones, desculpa fãs).

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  2. Belíssimo episódio!

    Paula traz uma alegria que parece transbordar para além das redes. Ouvi-la fez parecer que estava em Cannes. Firme!

    Sobre Cannes: ao mesmo tempo que incomoda-me as caixinhas do festival (Dolan? Não entraria nem em festival de melhor filme universitário), eu consigo compreender o modo de funcionamento do festival com suas escolhas a dedo (ainda que política). Cannes é uma mostra do que se está fazendo no mundo do cinema (em termos de arte), não necessariamente é o melhor que há no mundo (vide The Square).

    Abraços!

    PS. O melhor coreano é de longe Park Chan-wook. Tire ele e seu Oldboy e esta geração coreana não teria navegado para outros mares.

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  3. Quando eu abri o cinema na varanda e vi que a Paula Ferraz estava participando do podcast nessa semana eu fiquei tão feliz que eu tive que comentar. Todo mês ela podia voltar pra falar sobre qualquer coisa. Sobre Cannes, o filme do Kleber está na seleção oficial por um motivo bem simples. Bacurau é uma coprodução Brasil-França, enquanto o filme do Karim não. E a maioria dos filmes em competição tem uma produção francesa, excetuando os americanos. Sem contar que o Kleber já estava ventilando esse filme fazia tempo em Cannes desde Aquarius. Segundo, concordo em gênero e grau, sobre uma autocrítica nos festivais, são raríssimos os filmes latino-americanos em competição, o último por exemplo foi o próprio Aquarius, 3anos atrás. Sem contar que Cannes e Berlim são até “generosos” olhando pra Veneza que é quase nunca. Mesmo porque Veneza hoje só praticamente exibe filmes americanos/Oscar e esqueceu o cinema autoral de vez, no ano passado foram 10 filmes americanos ou coproduções em competição. Bem triste né. Existe um preconceito muito forte com a cinematografia latina e uma predominância de filmes europeus, asiáticos e americanos. Quase não sabemos de filmes africanos e latinos nas competições desses grandes festivais. Infelizmente, esse modelo de coprodução limita a participação brasileira nesses eventos e também as nossas chances de ganhar prêmios. Sobre o candidato ao Óscar do Brasil, acho que Vida Invisível faria mais sentido com o momento que estamos vivendo, é um filme que se passa no Rio de Janeiro, relata sobre machismo em momentos de Me Too, é um filme feminista e feminino, ganhou prêmio importante, é um melodrama, passou em festival e tem como produtora a RT Features que tem muitos contatos e uma presença em Hollywood. Só falta uma distribuidora importante por lá. Bacurau acho que é um filme mais difícil e como a Variety e Hollywood Reporter disseram que o público americano não iam entender muito bem. É um filme bastante brasileiro e isso meio que complica para o Oscar. Para nós pode ser um filme maior do que para os americanos. Aquarius era mais certeiro segundo eles. Mas ficarei feliz com a indicação de qualquer um. Sem contar que também tem o filme do Gabriel Mascaro “divino amor” que passou em Sundance e Berlim, mas não ganhou nada né. Isso enfraquece bastante. No entanto, o maior mérito deste ano para o nosso cinema é o seu próprio fortalecimento e sua resistência nesses tempos de cólera. E isso não tem prêmio que compensa para nós.

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