EP 177: Vingadores: Ultimato | Cleo das 5 às 7

[Não Aprendi Dizer Adeus]

Dois filmes pontuados fortemente por suas linhas do tempo são os destaques da semana. De um lado, o mais aguardado filme em muitos anos. Um épico contemporâneo, Vingadores – Ultimato (3:14) leva multidões aos cinemas e fecha o grande ciclo do Marvel Cinematic Universe, com tudo que um grandioso fan service pode oferecer.

Por outro lado, a grande heroína do cinema francês foi a escolhida da vez na Cinemateca da Varanda. Em pauta, o clássico de Agnès Varda, Cléo de 5 às 7 (57:42), e um pouco de sua carreira e sua importância para a nouvelle vague.

E ainda tem Puxadinho (1:21:10), com o filme Depois Daquela Montanha, e as séries Black Summer e Game of Thrones. E, para encerrar, claro, tem o nosso Cantinho do Ouvinte. Bom podcast!

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Vingadores: UltimatoAvengers: Endgame | Anthony e Joe Russo| 63

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Gravado na segunda, 29 de abril, na varanda do Michel.

10 comentários sobre “EP 177: Vingadores: Ultimato | Cleo das 5 às 7

  1. Bom dia, pessoal!

    Eu queria, primeiramente, agradecer pelo que vocês estão fazendo. Ouço vocês a algum tempo e só hoje tive coragem de comentar por aqui. Sou relativamente novo (24) e que não cresceu vendo cinema, então tudo pra mim ainda é novidade quando não se trata de blockbusters ou de diretores que fazem um grande sucesso hoje em dia, principalmente entre os jovens, como o Tarantino. Então, meu agradecimento é no sentido de que vocês estão sendo meus professores e meus amigos da sétima arte, já que meu núcleo de amizade não se interessa por cinema e eu acabei me interessando basicamente sozinho e de uma hora pra outra. Fico realmente contente de toda semana poder ouvir um episódio novo, porque é uma sensação de que estou batendo um papo sobre os filmes, de ouvir as opiniões e de me ajudar a refletir mais sobre o que assisto, já que não tenho esse background todo do cinema.

    Infelizmente, eu conheci Agnès Varda só agora após sua morte por conta de toda a repercussão que foi gerada, e já me programei aqui pra assistir seus filmes. Tive que me apressar pra ver Cléo das 5 às 7 ao saber que meu Quarteto (Fantástico, não, pera…) Cinéfilo preferido iria comentar sobre o filme. Eu o vi numa condição não muito favorável: a noite após a janta depois de um dia inteiro de trabalho, ou seja, em algum momento, eu dei uma piscada um pouco maior aqui e ali. Apesar disso, eu gostei muito do filme por três motivos: a simplicidade, o aspecto “ao vivo”, que pra mim é uma grande novidade, e a perspectiva feminina, além de ter um feminismo muito forte com coisas simples (quando eu vi que uma taxista, eu tava vibrando real!). Uma outra coisa que eu gostei bastante também é a câmera acompanhando a protagonista andando na rua no meio da multidão e… só. Não sei explicar o porquê, mas eu acho um momento leve em que a gente só observa, você fica atento ao que tá acontecendo ali em volta, repara na personagem caminhando e é simplesmente isso, eu gostei. Confesso que o final quando surge o soldado eu achei meio enfadonho, mas muito pela circunstância que eu assisti, além de ser um filme novo pra mim, com o tempo vou entendendo e pegando todo o contexto da época. Vou rever esse filme o mais breve possível mais atentamente, assim como outros de Varda e da Nouvelle Vague.

    Então é isso, continuem que vocês fazem um trabalho maravilhoso e eu diria que importantíssimo, principalmente nesses tempos em que o apoio cultural não está dos melhores, né… rs. A prova disso é que hoje vou assistir Border no cinema por indicação de vocês, coisa que 2 ou 3 anos atrás eu não iria ver um filme desses no cinema nem a pau. Cinema, pro meio em que vivo, é pra ver MCU e olhe lá, depende do herói… Até porque o preço não favorece, ir no cinema 2 vezes no mês já fica meio pesado.

    Ah, eu também queria dizer que eu vi o Chico quando fui ver 2001 no final do ano passado no Cinesesc, queria muito falar com ele, mas não consegui, eu precisei sair correndo porque ia perder o último ônibus e antes da sessão eu estava muito envergonhado, rs.

    Mas é isso pessoal, abraços!

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  2. Olha Tiago, tu és chato 😝
    Que encrenca com a Marvel, Rapaz!. E olha que tu tens amenizado 🤪 Aquela história de não entender a emoção do povo devido a uma narrativa óbvia 🤦‍♂️

    Brincadeira de lado, amigos, eu gostei do resultado final do filme.

    Eu gostei do início introspectivo (diferente de todos os filmes da Marvel), ainda que ele seja um pouco mais longo do que o necessário.

    Também gostei da solução do roteiro em apostar na narrativa emotiva dos vingadores originais e, com isso, permitir uma profundidade até então não dada aos personagens.

    E gostei muito das referências presentes no filme, em determinados planos, sobre outros filmes.

    Do óbvio Exterminador do Futuro (quando Nébula tem sua mão derretida) ao Resgate do Soldado Ryan (quando Homem de Ferro estava morrendo)… Só faltou ali “o faça por merecer”.

    Sem contar a presença do cinema do Antonioni quando faz uma opção pela solidão dos personagens logo no início do filme.

    Abraços e saudades de poder comentar.

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  3. Colegas, cinema na varanda é o melhor podcast de cinema no Brasil! Com relação ao número de sessões de Vingadores Ultimato o que falta no Brasil são salas de cinema, não há interiorização de salas de cinema, a grande maioria das salas está na mão das redes de exibidores. E necessário e urgente aumentar o número de salas de cinema e menor preços .

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  4. Oi, Varandeiros!

    Obrigado mais uma vez pela conversa plural e divertida.

    Como marvete safado e fã de Game of Thrones, esse foi um final de semana bem intenso pra mim, hora de encarar mortes e despedidas. Fiquei pensando nesses grandes eventos de mídia (esse ano ainda tem Rei Leão, Star Wars…) que, antes da gente pensar em valor estético, meios de produção e distribuição, discursos, nos impactam com *imagens* que mobilizam afetos coletivos.

    Nesses que saíram agora, encontramos devaneios sobre o fim da humanidade, cenários apocalípticos, experiências de luto, memórias pessoais e de grupo… Vingadores para mim vai além do filme encarado racionalmente, traz junto coisas que vivi com amigos, que têm a ver com a minha vida pessoal. Mas também vai além de mim, me fazendo viver, na ficção, coisas que eu não vivi na vida real e que, na sala de cinema, vendo um filme que fez 1,2 bilhão de dólares, eu tampouco vivo sozinho.

    Duas frases do trailer de Star Wars apontam nessa direção: “toda geração tem sua lenda” e “no one is ever really gone”. Lemas de um mundo de transformação e retorno. Por serem blockbusters, esses filmes não tratam esses temas com a profundidade que merecem, e que precisamos encontrar em outro lugar. Mas também, por serem blockbusters, permitem compartilhar esses afetos, essas imagens, que de repente de tornam parte da vida aqui fora também.

    Abraço!

    p.s.: concordo com o Chico que o que fez Game of Thrones foram os roteiros, diálogos e personagens bem construídos. Mas também acho que a série se destaca por cenas e episódios excepcionais. À medida que as temporadas foram avançando, a narrativa da série ficou grande demais pra uma série semanal de dez episódios por temporada. Isso enfraqueceu a consistência da narrativa de longo prazo, mas foi compensado por episódios incríveis como esse último, um primor de direção, fotografia, trilha sonora, som, que consegue transformar em um filme de horror quase abstrato um daqueles “grandes temas” que eu mencionei lá em cima: a inevitabilidade da morte.

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  5. Olá! Adoro ouvir o programa! Vocês já pensaram em fazer um especial filmes de terror anos 70? Sou fã do gênero e das produções da década!
    PS – Ia assistir “Depois daquela montanha”, pois adoro o Idris Elba, mas depois do episódio desisti hauahaua

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    1. A nota do Michel pro vingadores foi mais surpreendente que o enredo do filme.

      Concordo com vocês que o filme pela ótica de desfecho de uma super série tem mais méritos do que se analisarmos de forma solta. Ele surpreende no prólogo e na rápida eliminação do Thanos criando um novo problema e propósito pra ele se estender, porém desde o ‘Vingadores Guerra Infinita’ se falava por aí que: “tudo será resolvido no futuro com uma tal de capitã Marvel (que ainda precisava surgir) e volta no tempo”.

      Os eventos todos que levaram à situação do guerra infinita empurraram o enredo pra um beco sem saída onde a única solução possível era realmente voltar no tempo, porém o filme peca em criar certas regras próprias para a viagem no tempo que ele mesmo burla e deixando lacunas sem explicações alguma….

      # O fato do capitão América ter vivido a vida de subúrbio ao lado da Carter implicaria no futuro dele e no desfecho do caveira vermelha no filme dele.
      # Ele devolver a joia da alma pro abismo, o que o abismo devolve?
      # Os que viraram pó puderam voltar, difernete de quem morreu, poderia então Thanos ou Gamorra voltarem já que não foram de fato assassinados?
      # Se a joia da alma só poderia ser dada sacrificando algo que ama, como a Natasha conseguiu cometendo suicídio?

      Enfim ‘nerdices’ a parte essa discussão são pra itens que se passam ‘fora da tela’.

      Quanto ao que é mostrado acho o dramalhão do início bem problemático, eles ficam 5 anos se lamentando a perda da humanidade que foi reduzida pela metade, mas não tem nem 1minutos pra mostrar o que a humanidade sofreu pois pelos lamentos da Scarlet parece que só a metade dos heróis viraram pó e não toda.população. Faltou mostrar cidades destruídas ao redor do mundo, o caos restante nas ruas, governos tentando se reerguerem, nisso comparando com outros filmes do gênero: Batman Dark Knight (herói) / Armagedon (destruição) / ou até mesmo a abertura de Walking Dead pro caos, deixa a desejar – imagino que aqui vou ser bem odiado pela fanbase mais fanática por dizer isso.

      Em compensação o filme acerta bem revisitando os diversos cenários e fazendo uma miscelânea de histórias de uma forma divertida, deixa tudo até dinâmico pra um filme de 3 horas.

      Ótimo episódio.
      Abraços, André

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