[Dançando no Obscuro]
Controverso e aguardado remake do clássico de terror italiano, Suspiria – A Dança do Medo (2:25), dirigido por Luca Guadagnino, faz jus ao original? Existe uma tendência de remakes “repagianados” no cinema atual? Qual o melhor caminho para um refazer um filme?
O alemão Christan Petzold cria um mundo contemporâneo em que a França sofre com uma ocupação nazista. Em Trânsito (42:59) vaga entre o melodrama e o noir para criar um paralelo entre o drama dos refugiados nos dias de hoje e a perseguição nazista da Segunda Guerra Mundial.
No Puxadinho da Varanda (1:04:57) tem o filme sueco Border, o brasileiro Los Silencios e Ayka (que ganhou melhor atriz em Cannes). Tem também a série Hanna e dois destaques do Bafici (Festival de Buenos Aires), além dos comentários dos varandeiros no Cantinho do Ouvinte. Bom podcast!
| Metavaranda |
Suspiria – A Dança do Medo| Luca Guadagnino | 60
Em Trânsito| Transit | Christian Petzold | 87
| Varandeiros |
Chico Fireman @filmesdochico
Cris Lumi @crislumi
Michel Simões @michelsimoes
Tiago Faria @superoito
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Gravado na segunda, 15 de abril, na varanda do Michel.
Infelizmente, Suspiria não estreiou em Porto Alegre, para variar. Eu estou esperando que essa semana ou na próxima algum cinema resolva estreiar. Caso contrário, vou de torrent. Isso me incomoda muito. Eu lembro que eu vi o primeiro filme no cinema em 2005 (ou 2004) no Primeiro Festival Fantástico de Porto Alegre (hoje o ótimo FANTASPOA). Queria MUITO ver o remake também no cinema, até porque o original é o meu terror favorito.
Sobre Trânsito, concordo com tudo que vocês falaram. Os temas abordados são tão universais e contemporâneos que torna uma obra não só atemporal mas relevante e com uma sensibilidade única. Ao lado de Em Família e Nós, um dos melhores do ano.
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Corrigindo: Em Trânsito.
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olá Varandeiros
Excelente programa…
Em trânsito é um filmaço… estou seguindo o conselho do Michel e vou buscar os anteriores do Petzold para ver.
já Suspiria foi meio decepcionante… poderia ter sido um clássico do horror e a análise de vcs foi muito precisa, quando o filme fica no tema da dança e do seu aspecto sombrio – a destruição do corpo em busca da perfeição – é excelente (ótimas atuações, atmosfera e pelo menos 2 cenas memoráveis) mas o filme se perde num subtexto politico raso, que incha o filme.
um grande abraço
L
PS: A participação da Cris foi a mais “chuta a porta e dá o recado” que eu já vi… excelente
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Olá, varandeiros!
Gostei muito da análise de vocês sobre Suspiria! O confronto entre esse viés mais artístico e refinado e as cenas “gore” é um dos pontos altos do filme, mas é também o que evidencia ainda mais os problemas no restante dele. Achei que o enredo do filme em si ficou bem vazio, me pareceu que nada tinha um propósito de verdade, a mitologia das mães não foi bem explorada (e esse é um dos principais problemas para mim, pq o fundamento de uma história de terror é o que faz eu me sentir conectada a ela e nesse filme me senti muito distante de tudo que acontecia, não consegui “comprar” o que estava sendo passado). Além disso, achei que tinha alguns personagens irrelevantes (como aquele senhor que a Tilda Swinton interpreta). Talvez seja um filme para se ver depois de conhecer a trilogia das mães originais e este só complemente, mas acho que ele não conseguiu se sustentar muito bem sozinho. Fiquei decepcionada, apesar de gostar bastante da direção e da trilha sonora.
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Olá varandeiros!
Muito bom esse episódio, estou acompanhando vocês a pouco tempo e fico feliz em falar que vocês ajudaram a resgatar o meu amor pela sétima arte. Estou ouvindo muitos episódios antigos e é simplesmente maravilhoso ficar ouvindo vocês falarem sobre cinema.
Fiquei super curioso para ver o filme em trânsito, pois além da história me chamar a atenção, como não ver um filme que teve nota 10 do grande Chico ?
Abraço.
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Em relação ao diretor espanhol Oriol Paulo, citado no ep 174. Ele é o Shyamalan espanhol.. Tanto esse filme da tormenta, como o Contratempo e o El cuerpo, são suspenses que deixam preso ao filme do começo ao fim, não aquela obra prima, mas um bom passatempo, cheios de plot twists.. O El cuerpo também já esteve na Netflix, assim como o Secuestro no qual ele é escritor..
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Olá Varandeiros!
Estou para comentar tem um bom tempo já, mas depois de três anos perdi a vergonha. Escuto o podcast desde o primeiríssimo, gravado e regravado bem baixinho, com todos tímidos. Descobri meio por acidente, quando adolescente acompanhava o blog do Tiago Faria, o superoito, na época em que ele empilhava playlists com coisas como um cover de toxic da britney spears no ukulele. Em 2015 para 2016 fui fazer um intercâmbio na França e, na solidão de uma cidade pequena do sul em que, pasmem, eu era o único brasileiro, por recomendação de um amigo comecei a ouvir podcasts. Nessa de ocupar o silêncio da casa, tive curiosidade em saber se por onde andava o superoito, será que ele ainda montava playlists, e descobri o Cinema na Varanda, que tinha acabado de lançar o primeiro episódio. Naquela época o podcast me ajudou muito a me sentir menos sozinho naquela cidade estrangeira, me levando diretamente para as rodas de conversa com os amigos após as sessões e passei a entender aqueles velhinhos que perdem a(o) companheira(o) e deixam a televisão ligada na sala para dar a impressão de ter alguém em casa. Desde então escuto religiosamente o podcast, seja cozinhando, correndo ou em transporte público, e sempre que sei de algum amigo em situação parecida longe de casa faço questão de indicar o podcast. Sei de alguns casos que também funcionou, transformando inclusive numa rotina de debates sobre os episódios via whatsapp. Então, para além do trabalho cultural, que outro podcast troca de chave do Shazam para Jafar Panahi num clique (?), existe um lado empático muito bonito e humano em fazer de questão de se reunir toda semana para que possamos conversar sobre cinema com vocês, mesmo com os seus trabalhos, gripes e temporais paulistas. Talvez até sem saber ou querer, fazem um bem físico e mental para muita gente. Bom, é isso, esse comentário tá enorme. Parabéns, meninos, e obrigado por não terem desistido depois dos acidentes iniciais de percurso.
Ah, e queria só fazer umas provocações sobre os filmes: para mim existe um paralelo entre o Petzold e o Farhadi, a diferença é que o alemão pensa na câmera também, além do roteiro. Além disso, o que foi discutido do filme trazer a narrativa para os tempos atuais, me parece muito conveniente usar da paisagem contemporânea e não utilizar todos os recursos tecnológicos de hoje em dia. Tudo no filme só se resolve por encontros pessoais, cartas e outros problemas que, pensados na modernidade, poderiam se resolver com um celular, por exemplo. Me pareceu ser mais um deslize de produção, algo de um filme baixo-orçamento que assumiu alguns elementos na direção de arte do contemporâneo para não estourar o dinheiro.
Sobre Suspiria, fiquei também extremamente confuso em relação ao lado político e ainda mais com aquela personagem de óculos e cabelo chanel que aparece brevemente quatro vezes, no fundo, e se mata em cima da mesa. Acho que na tentativa de engordar a narrativa do original, que é suficientemente magrinha, o Guadanino criou personagens demais, mas ficou sem saber o que fazer com eles.
Obri!
Lucas Fratini
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Um filme sobre um personagem que é diferente dos demais e busca forças em sua relação com a figura materna. É hostilizado e cobrado em seu meio, porém alguém que tem uma visão alternativa do mundo, acredita neste personagem. Ele se entrega de corpo e alma a uma certa ilusão de conforto,e através deste mentor que lhe seduz, sente-se em casa, ganha alguma confiança e se torna uma grande atração entre os seus. Por fim, há uma quebra de confiança, quando tudo o que ele acreditava não passava de uma mentira, e quem havia lhe dado certa confiança, simboliza a grande traição dentro de sua história. Isso resulta em uma transformação final, quando a força interior se sobrepõe, o personagem aceita quem ele realmente é, e o que era diferente e estranho se coloca agora como a força criadora, inspiradora e provedora daqueles que o hostilizavam.
Lembra Suspiria né?
Mas é Dumbo, Chico! Dumbo não é uma história sobre ganhar dinheiro no final. Um beijo nessa película aí, viu!
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[…] PODCAST Cinema na Varanda, com Chico Fireman […]
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