EP 165: Vice | Guerra Fria | Vencedores do DGA

[Cada um Tem o Vice que Merece]

O diretor Adam McKay, de A Grande Aposta, está de volta com uma nova comédia política. Desta vez, uma cinebiografia: Vice (11:08) é o retrato de Dick Cheney, o todo-poderoso vice-presidente de George W. Bush e personagem oculto em governos republicanos. O longe tem oito indicações ao Oscar, entre elas a de filme, direção e ator (Christian Bale).

Drama polonês com três chances de vitória no Oscar, Pawel Pawlikovski já havia levado o prêmio de Melhor Filme Estrangeiro com Ida. Festejado em Cannes, Guerra Fria (45:52) narra a história romântica dos pais do cineasta, numa Europa dividida entre seu lado ocidental e o oriental.

Boletim do Oscar (1:18) esquentando ainda mais a disputa com os vencedores do DGA. E o Puxadinho da Varanda (1:10:52) está especial dessa vez. Além de destaques como a Mostra Scorsese e dos filmes Velvet Buzzsaw e Estação do Diabo, ainda traz todas as polêmicas cinematográficas do fim de semana: boatos do novo Batman, verdade ou Fake News sobre a ‘censura’ ao lançamento de Boy Erased e as declarações mais que controversas de Liam Neeson. Para encerrar, o Cantinho de Ouvinte (1:35:29) repleto de comentários dos varandeiros. Bom podcast!

| Metavaranda |

Vice| Adam McKay| 30
Guerra FriaCold War | Pawel Pawlikovski | 60

| Varandeiros |

Chico Fireman @filmesdochico
Cris Lumi @crislumi
Michel Simões @michelsimoes
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Gravado na segunda, 4 de fevereiro, na varanda do Michel.

14 comentários sobre “EP 165: Vice | Guerra Fria | Vencedores do DGA

  1. Varandeiros, uma pergunta:
    Por que é tão difícil dar um oscar a Amy Adams?
    Se tiver uma categoria “melhor amy adams” a amy adams perde. Será que ela vai ter que fazer 5 filmes e 5 séries no mesmo ano pra ela só concorrer contra ela mesma e talvez assim ganhar alguma coisa ou arranjar um urso, lutar contra ele e chamar o Iñárritu para assim ganhar um oscar. Ela já tem seis indicações e nenhuma vitória. E pelo visto não vai ganhar este ano. Por isso, eu proponho fazer um prêmio no Varanda Awards só para ela, porque ai eu tenho certeza que vai dar certo. Não entendi até hoje como ela perdeu para a Emily Blunt no SAG. Mas acho que esse ano realmente ela não deveria ganhar, ela merece ser premiada por uma interpretação e um filme BEM melhor do que este e sem contar que seu oscar deve ser por atriz principal e não coadjuvante. Esperemos, então, até o final deste ano em que ela estará em The Woman in the Window novo filme do Joe Wright. Tomará que ele dê sorte a ela, da mesma forma que ele deu para o Gary Oldman. Estaremos na torcida.

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  2. Nossa, como vocês pegaram pesado com Vice. Eu gostei bastante! Mas o melhor foi a experiência que tive na sessão.
    Assisti em uma exibição para a imprensa com sala cheia e naquela fatídica cena do “final pegadinha” uma senhora abandonou a sala. Eu não sabia se avisava ela que era fake, se ria da piada do filme ou da ocasião inusitada.

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  3. olá Varandeiros…
    Eu gostei bastante de Vice mas enquanto assistia ao filme percebi que ele estava destinado a cair da varanda… tem um monte de problemas de roteiro – o personagem da Amy Adans é horrível – truquezinhos baratos e alguns diálogos muito brega…
    Gostei principalmente por não ter consideroi em nenhum momento uma bio pic mas sim que utilizaram a história do Dick Cheney como um fio condutor para mostrar como a sociopatia se torna legítima quando exercida dentro do Estado. Seria uma excelente sessão dupla com A morte de Stalin.
    só lamentei que não utilizaram o Will Ferrell como Bush (pai ou filho)
    um grande abraço
    Leandro Vecchi

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    1. Sim, Leandro, acho que o filme pegou num nervo da Varanda – o excesso de truquezinhos na narrativa, como você bem apontou. Mas eu concordo que, apesar de todos os problemas, exista algumas boas ideias lá dentro.

      Abraço!

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  4. Eu não vi Vice então pulei essa parte mas sobre Guerra Fria, vocês (menos o Michel) conseguiram traduzir bem o que pensei do filme. Assisti há algumas semanas com a minha esposa, que gostou, e na tentativa de explicar o porquê de eu não ter me conectado, ficava repetindo “é que é um filme muito bonito. Bonito demais” ; “os atores estão bem, a fotografia é linda, a música é uma linha guia perfeita pra estruturar o roteiro mas.. mas.. mas”

    Ela só ficou com aquela cara de “qual o problema, então, seus maluco?!”

    Acho que vou passar o podcast pra ela ouvir.

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    1. Acredito que essa conversa nossa sobre Guerra Fria tenha mostrado como é possível concordar sobre a eficiência dos aspectos técnicos e superficiais de um filme enquanto se discorda totalmente sobre a potência de características mais abstratas, que se conectam (ou não) às experiências estéticas e de vida, à bagagem emocional dos espectadores. É um exemplo de que dá sim para concordar discordando, rs.

      Abraço!

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  5. Pensei que vocês fossem fazer um comentário feature length e com metavaranda sobre Velvet Buzzsaw. Acho que é meu guilty pleasure do ano. Gilroy realmente é muito sem jeito pra filmar terror mas o elenco é ótimo e as situações são tão ridículas que eu ficava ansioso pra saber quem era a próxima vítima e como ela ia morrer. O filme em si tem uns enquadramentos inspirados e gosto do Jake super afetado mas o resultado é fraco mesmo.

    Logo que vi O Abutre fiquei me perguntando se o filme que era bom ou eu tinha gostado por ser jornalista, mas agora com o chatíssimo Roman J Israel e este último não me resta muita dúvida.

    Ainda assim fico curioso por um filme do diretor com base em algum bom roteiro de outra pessoa.

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  6. Assim como o Michel, eu fui seduzido por Guerra Fria. Mas confesso que um dos grandes motivos foi ter me “apaixonado” por Zula/Joanna Kulig. Nem sei explicar o porquê. Até por isso entendi e aceitei naturalmente a paixão de Wiktor por ela.

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  7. Olá Varanda! Sobre ‘Guerra Fria’, é inegável que o filme carrega uma excelência técnica. De fato, é um trabalho tecnicamente primoroso. Embora tenha me encontrado imerso, também terminei não abraçando a história de amor proposta pelo filme. E fiquei me perguntando o porquê? Queria muito ter me apegado a alguma faísca daquela relação. Talvez não tenha sido possível, porque o amor nessa história está sempre jogado a segundo plano, preso dentro dos personagens. Em um mundo de pós-guerra, onde nações estão sendo novamente construídas, onde a política vai redesenhando novas fronteiras, onde o sofrimento ainda se faz presente em feridas em processo de cicatrização, o amor é uma árdua tarefa de saber se encontrar nessa espiral de sentimentos, de compreender o outro, de aceitar suas escolhas, de ceder, de sacrificar, de abrir mão dos seus sonhos e de suas individualidades, de aguardar o próximo instante. Entendi que o amor nesse filme é um sentimento intangível, de difícil afeição, escondido em lembranças, guardados em momentos, encoberto pela neve do tempo ano após ano. E tentando explicar para mim mesmo, não me restou condições a não ser aceitar esse amor sem declarações, sem devaneios, sem deslumbramento, sem flores no final. Um amor que a gente precisa se perguntar se não é esse o mais próximo da vida real. Um abraço!

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