EP 164: A Favorita | Green Book – O Guia | Vencedores do SAG 2019

[Uma Coroa na Cabeça e Uma Estatueta na Mão?]

São dois filmes e 15 indicações a Oscar. De um lado, o diretor grego Yorgos Lanthimos empresta seu toque bizarro a uma trama sobre a coroa britânica em A Favorita (13:56). De outro, o americano Peter Farrelly nos faz viajar ao sul dos EUA, nos 60, focando na questão do preconceito racial e narrando uma amizade improvável em Green Book – O Guia (48:13). Claro que, seguindo nossa tradição, repassamos e comentamos as carreiras dos cineastas.

Não poderiam faltar os desdobramentos do resultado do Screen Actor’s Guild Award, o SAG (1:15), no nosso Boletim do Oscar, embaralhando a temporada de premiações. Puxadinho da Varanda (1:30:00) destacando o My French Film Festival, a série Sex Education e os filmes Creed II e Mais Uma Chance. Nessa semana, o Cantinho de Ouvinte repleto de comentários dos varandeiros, do jeito que a gente gosta. Bom Podcast!

| Metavaranda |

A FavoritaThe Favourite | Yorgos Lanthimos| 65
Green Book – O GuiaGreen Book | Peter Farrelly | 32

| Varandeiros |

Chico Fireman @filmesdochico
Cris Lumi @crislumi
Michel Simões @michelsimoes
Tiago Faria @superoito

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Gravado na segunda, 28 de janeiro, na varanda do Michel.

24 comentários sobre “EP 164: A Favorita | Green Book – O Guia | Vencedores do SAG 2019

  1. A sensação que tive ao ver Green Book é como se o programa d’Os Trapalhões fosse exibido no horário nobre da Globo em 2019. Fazendo uma pesquisinha básica para escrever sobre o filme, topei com um texto que resume de forma assombrosamente precisa o filme do Peter Farrelly ao explicar arquétipo do “Magic Negro: Cinethetic Racism: White Redemption and Black Stereotypes in “Magical Negro” Films (Matthew W. Hughey).

    Olha só esses dois parágrafos:

    “Os poderes desse tipo de personagem são usados ​​para salvar e transformar brancos desgrenhados, incultos, perdidos ou quebrados em pessoas competentes, bem-sucedidas e satisfeitas dentro do contexto do mito americano de redenção e salvação.”

    “Embora, de certa perspectiva, o personagem [Magical Negro] pareça estar mostrando os negros sob uma luz positiva, ele ainda está subordinado aos brancos. Ele também é considerado uma exceção, permitindo que a América branca goste de negros individuais, mas não da cultura negra.”

    Não precisa dizer mais nada, né?

    Que filme triste.

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  2. A generosidade de vocês, inenarráveis Varandovskys, me desaba!
    Me sinto pleno quando ouço pessoas lindas e elengantérrimas discutindo uma obra do (sempre no singular) Irmãos Farrely… assim mesmo, de igual pra igual, doa a quem doer!
    Aliás, esse é um diferencial da Varanda: uma análise terna e calculista, com uma marretada lúdica no final. As vezes, quando a nota é 8, ela também é 2. (eu sei, eu sei). Trata-se da pressão que você deposita ao bisturí!
    Pra tirar a dúvida logo: era melhor não ter feito essa porcaria ou a gente tira alguma lição que não será aprendida nunca?
    Antes de tudo, há um abismo entre a lucidez e o abismo.
    Nesse caso, é como se Woody Allen tentasse fazer um filme de ação, ou um terror. Teríamos que superar isso de que forma? O filme pelo filme ou em relação a filmografia, levando em conta que a filmografia também abraça a conta bancária, as relações extraconjugais, os pequenos sorrisos diários e aquela roupa que não serve direito.
    A verdade é uma só, mas ela também é o monstro no fim do Dr. Lao, muitas cabeças e todas estão equivocadas: Dentro de uma onda de comediantes que almejam a solenidade, uma ou outra gargalhada será implodida ou tomará o caminho inverso. É o Paulinho Gogó tocando Schubert ou o Toca Pintinho levando um livro do Robert Capa debaixo do braço, onde quer que ele vá. Não deixa de ser doce e cretino ao mesmo tempo.
    Não obstante, a coesão de Michel Simões me descontinua dentro da pele: No episódio 97, sobre Detroit em Rebelião, ele mantém a mesma opinião sobre a possibilidade de cineastas brancos poderem sim fazer bons filmes sobre mulheres e negros, quando profundamente integrados ao tema. Porque a arte é um espaço de intromissão e vergonha mesmo e só posso amá-lo por isso.
    Já o Lanthimos me enganou lá atrás! Confesso, minha patota. Dez entre dez filhas de Diplomatas (que também são vegetarianas e estudantes da cultura ianomami) o amam. Assim como Villeneuve é o cinema de arte pra quem mora no Jardim Anália Franco (eu gosto), Lanthimos é o Von Trier que toda sogra quer. Nesses nossos tempos de Carnelouqueria e Pipoca Gourmet, meu preferido dele é Centopéia Humana 3.
    Beijo Forte na Película!

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      1. Esse trecho foi patrocinado por aquela invejinha algodoada de quem queria morar lá, numa cobertura: Na sacada, julgando a Vila Formosa acima do bem e do mal. Soundtrack: Agepê com Arcade Fire!

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  3. Ahhh, como eu amo ouvir vocês após ter visto um filme como Green Book! Porque vamos ao meu contexto… saí de casa numa sexta à noite para um momento suave de entretenimento. Eu poderia ter optado por Cafarnaum, na sala ao lado, mas realmente não era o caso. No meio da sessão – de Green Book, portanto – meu namorado e eu nos entreolhávamos com cara de “que filme besta”, enquanto a sala toda ria descontroladamente. A partir desse momento, como forma de aliviar o sofrimento e cumprir a missão de me entreter numa sexta à noite, passei a ver o filme como uma comédia pouco pretensiosa, que, como muito bem colocado por vocês, poderia ter passado batido numa Sessão da Tarde da década de 90. De forma que não me incomodou taaanto assim, mas eu também não tinha um podcast para gravar na segunda seguinte, né? Tá, agora chego aonde quero chegar: ao ouvir vocês, revejo o filme (sem necessariamente ter que ir ao cinema novamente) por um viés riquíssimo, aprofundado. E não que eu não percebesse os problemas do dito filme enquanto estava na sessão, pelo contrário. Enfim, um belo episódio esse 164, parabéns! E sobre Sex Education: não sou das séries, mas me encantei com essa. Aliás, se um dia forem se aprofundar na análise, é curioso como o racismo é tão pouco (ou quase nada) abordado nela, não? Ah, senti falta de analisarem por que a atuação do Mahershala Ali tem sido tão premiada. Será que perdi esse ponto em outros episódios? Forte abraço, “Poliana Varanda”.

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    1. Muito legal o comentário, Poliana Varanda! Obrigado. Também notei essa ausência de racismo no ‘Sex Education’. Acredito que faça parte de uma leva de séries que tenta criar um ambiente quase ‘aspiracional’, em que jovens muito diferentes convivem em harmonia, sem problematizar questões raciais ou de classe, por exemplo (vi isso em ‘Riverdale’ e ’13 Reasons Why’, por exemplo).

      Abraço!

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  4. Dois comentários e uma pergunta do episódio de hoje.

    Primeiro em relação ao SAG e OSCAR. Considero que as categorias de atores acabam sofrendo muitas injustiças ao longo dos anos. Veja bem: ao mesmo tempo que a Glenn Close por um reparação histórica vai ganhar seu oscar, muito por conta da sua trajetória em Hollywood, o prêmio deixa de agraciar as melhores interpretações do ano, no caso a Olivia Colman que está infinitamente melhor, para dar para uma atriz veterana que deveria ter ganhado o seu oscar no passado por interpretações melhores do que esta. Analisemos também a categoria de Melhor ator, o oscar vai acabar caindo nas mãos de Rami Malek e sua interpretação caricata de Freddy Mercury, sendo que poderia muito bem ser dado ao Bradley Cooper ou até o Christian Bale (que os dois estão em filmes fracos, mas pelo menos este faz uma atuação muito boa e o outro não). Sem contar que o Bradley Cooper é o caso mais triste, de novo ele foi indicado e vai perder em um filme que atua, dirige, compõem, roteiriza, produz e canta. Se fosse pra dar um prêmio para um cantor que desse para alguém que realmente canta e não para um dublador. Provavelmente no futuro ele vai ser a nova Glenn Close, vai acabar ganhando um oscar por um filme ruim que deveria ter sido dado no passado a ele e mais uma vez vai ser tirado o oscar de alguém que realmente merecia. O erro se repete todos os anos, mas ninguém olha para isso. Além disso, a lista de filmes desse está muito fraca, não estou dizendo que não tenha filmes bons, mas digo que em comparação com os outros anos, esse ano é está bem abaixo do normal.
    O segundo comentário seria para Green Book. Concordo com todas as críticas dos varandeiros sobre o filme e eu detesto ele também, entretanto fica um questionamento: Na sala que eu vi , muitas pessoas riram em diversos momentos da história e quando a sessão acabou algumas estavam chorando e o sentimento era de que estavam realmente vendo um filme bom. Eu fiquei extremamente desconfortável com tudo, no entanto não acho que a maioria das pessoas entenderam a gravidade das questões que estavam sendo mostradas em tela. Digo que as pessoas realmente compraram a ideia do filme e até gostaram de tudo aquilo. Para mim o mais grave e triste é a plateia ser condescendente com essa história e aceitar e até gostar tranquilamente daquilo que está sendo passado em sua frente. Ainda acho que, infelizmente, vai demorar muito para mudar o perfil da academia em relação a este tipos de filmes, já que ainda a sociedade é muito racista e este tipo de filmes como Green Book ou The Help ainda dão muito mais apelo comercial e midiático do que Blackkklansman ou Blindspotting, por exemplo. Sem contar que o Mahershala Ali não merece esse prêmio, já ganhou um oscar há dois anos atrás, porque não dar para o Richard E. Grant que também faz um papel homossexual e está bem melhor do que ele, outra injustiça.
    Uma pergunta que eu gostaria de fazer é : Já que vocês estavam comentando que filmes sobre negros deveriam ser dirigidos por negros e que filme sobre mulheres também deveriam ser dirigidos por mulheres. O que vocês acham de atores heterossexuais interpretarem e ganharem prêmios por personagens homossexuais, sendo que este ano foi um recorde de personagens homossexuais no oscar, porém sem atores abertamente homossexuais em suas respectivas categorias?

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    1. É uma boa pergunta, Caio. Só preciso corrigir uma coisa que talvez eu tenha deixado subentendido: o que se vê hoje é um interesse maior por MAIS filmes dirigidos por negros, MAIS filmes dirigidos por mulheres. A cobrança não é por filmes APENAS sobre negros que sejam dirigidos por negros ou filmes sobre mulheres que sejam dirigidos por mulheres. Isso seria impossível. O que se quer é MAIS. Até porque quem tem privilégios continuará tendo, certo? Ninguém está impedindo branco e homem de fazer coisa alguma – geralmente, eles sempre tiveram o direito de fazer o que bem entendessem, em matéria de arte.

      Abraço!

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  5. Varandeiros,

    Concordo em parte com vocês sobre Green Book, porém, discordo em muitas.

    1) Concordo sobre a superficialidade com que é explorada a relação entre os personagens. De certo modo, eles parecem não ter muitas camadas a serem exploradas e os conflitos são sempre amenizados. Ainda assim, a atuação de ambos é muito boa e fazem com que o filme não se torne um drama besta, no meu ponto de vista.

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  6. 2) Discordo sobre a cobrança de termos negros dirigindo negros (falo como negro nascido no norte do Brasil). Como bem é explorado em Infiltrados na Klan, somos todos humanos, logo, todo ponto de vista é bem-vindo e constroem uma verdade.

    Discordo também sobre a cobrança de adentrar mais no racismo, afinal, no meu ponto de vista, uma das temáticas do filme é como podemos embranquecer um negro dentro da sociedade (espero não incomodar ninguém com essa fala), mais do que um simples esteriótipo, temos isso no nosso dia a dia… Basta lembrar das fotos do atual presidente brasileiro Para justificar que não é racista.

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    1. Dei uma resposta ao Caio, ali em cima, sobre essa ‘cobrança’. Acho que vale para o seu comentário também.

      Sim, na arte todo ponto de vista é bem-vindo e filmes como ‘Infiltrado na Klan’ problematizam isso. A questão é: se o número de filmes sobre negros dirigidos por negros é ainda muito pequeno, como podemos INICIAR a discussão sobre o assunto? Acho muito difícil. Esses filmes TAMBÉM têm que existir. E, quanto maior o número de filmes sobre negros dirigidos por negros, mais complexa se torna a discussão sobre o tema e sobre as maneiras como a arte o aborda. E mais bobos (na minha opinião) ficam parecendo filmes como ‘Green Book’.

      Abraço.

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      1. Meu amigo,

        Não discordo do que falaste, pelo contrário, acho que devemos ter todo tipo de humano dirigindo e atuando nos filmes, porém, não acredito que a profundidade entorno de uma temática virá com um diretor negro ou branco… Ela virá com a cobrança social… Green Book questiona o negro que adotou o ponto de vista branco, no Brasil e EUA em que milhares de negros votaram em Bolso e Trump, é uma espetada válida.

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  7. Nossa, na minha cidade (Americana-SP) não tem cinema, apenas na cidade vizinha (Santa Bárbara d’Oeste), porém só passa filme de herói e de terror, então precisei ir para Campinas para ver Green Book e A Favorita.
    Green Book só estava passando em uma sala, que é uma tal de sala VIP, com ingresso à 70,00, mas como todo ano gosto de ver todos os indicados ao Oscar, pra passar raiva, eu e meu namorado fomos mesmo assim.
    O público dessa sala: idosos brancos, uma família branca (com crianças) e eu e meu namorado. O resultado, ficamos extremamente constrangidos com o filme e o resto da sala se esbaldava de tanto rir.
    Nunca gastei tanto com um filme tão ruim e ofensivo. Parece que foi feito para eleitores do Trump se sentirem melhor, tudo ali parecia saído de um twitter de um branco que acusa a Beyoncé de não ser negra o suficiente, e por isso ela não pode reclamar de racismo, nem ser ativista, e que o branco pobre sofre mais.
    Vergonha atrás de vergonha, o filme trata o racismo ou qualquer outro preconceito como uma piada. Todas as piadas são racistas (a família no fim olhando pro Tony e pro Don sem entender nada, foi ridículo). Além dos recortes das cenas racistas pra explicar o que o branco pode fazer e o que não pode fazer: não pode mandar o negro num banheiro lá fora, mas pode falar que o negro não é suficiente, não pode bater num negro num bar, mas pode ter ladrões negros, tem policiais malvados, mas tem policiais bons, etc, etc, etc.
    Enfim, fiquei puto da vida com esse filme. A nota do Metacritic dele me assustou, e o quanto a crítica americana amou o filme. A Sasha Stone publicou isso no Twitter dela: “I am at the point where I’m almost willing to pay (white) film critics to stop bitching about Green Book”. E por fim, fui procurar reviews de pessoas negras no Youtube sobre o filme, e a maioria amou (americanos também, achei quase nada do filme em português).
    Enfim…

    Agora sobre a Favorita, foi 35,00 a sessão. e eu amei o filme. Mesmo sendo um homem dirigindo um filme sobre mulheres, igual o Tiago disse, mas pelo menos tem a visão feminina no roteiro, ao contrário do Green Book.
    Amei o uso da lente distorcida nas cenas em que todos os papéis estavam distorcidos, e não sabíamos como cada uma daquelas personagens eram de verdade, e quando chegamos a isso, e vemos a realidade de cada uma, não era mais necessário distorcer nada, pois os papéis estavam definidos.
    A trilha sonora achei genial, principal nas cenas em que uma personagem narrava uma história e a outra estava tramando algo, parecia um filme de terror, com a ajuda da fotografia belíssima.
    E as três atrizes, eu não me importaria com um empate entre as coadjuvantes, e uma vitória para a Colman, que esteve brilhante no reinado decadente dela.

    Adorei o episódio de vocês, e desculpa o desabafo e textão!

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    1. “O público dessa sala: idosos brancos, uma família branca (com crianças) e eu e meu namorado. O resultado, ficamos extremamente constrangidos com o filme e o resto da sala se esbaldava de tanto rir.” Olha, Lucas… Bem parecido com o público da sala em que vi o filme, rs.

      Obrigado pelo textão. Abraço!

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    2. O filme não foi feito para brancos eleitores de Trump, foi feito para negros eleitores de Trump… Acho que não tivemos essa dimensão… Sobre rir, creio que o filme namora com isso mesmo, pois, o surreal é mais realista do que pensamos… Vide Bolso.

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      1. Falei de brancos, porque a visão do filme é do protagonista branco, que é um típico eleitor do Trump e Bolso, do tipo: “não sou racista, tenho até um amigo negro”, e poderia ser homofóbico, machista, etc, qualquer que fosse a resposta. E é fácil para essas pessoas se identificarem com ele e pensarem “tá vendo? eu também não sou racista igual os esquerdistas me chamam”…
        Enfim, mas como você disse, também pode ser para negros votantes em Trump e Bolso, principalmente pelo jeito que o personagem é tratado no filme, como escada para o personagem branco,

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      2. “O filme não foi feito para brancos eleitores de Trump, foi feito para negros eleitores de Trump”. Discordo. Não acredito que o filme tenha a menor intenção ou profundidade pra sequer tentar uma provocação dessas. Acho que é para brancos e negros republicanos e democratas. É um filme “para toda a família”, mas que se embanana por um problema de viés. Mas acho interessante ele ter provocado esse tipo de interpretação…

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  8. Sobre Green Book: a insistência de manter o perfil de “feel good movie” até o fim foi o que mais me incomodou. Me deixou com receio de revisitar alguns filmes como “A Vida É Bela” e “Intocáveis”, que também tratam de diferenças e temas pesados com uma abordagem mais leve (ou mais desconectada da realidade). No mais, gosto da homenagem involuntária do personagem do Viggo Mortesen ao saudoso Tony Soprano, hehehe

    Sobre A Favorita: achei perfeita a definição de vcs sobre o freio que o filme de época colocou nas loucuras do Lanthimos. Fiquei imaginando como seria um filme dele sobre a vinda da família real portuguesa para o Brasil. Alguém precisa fazer esse roteiro! hehehehe. Das atuações, ainda gosto mais da Emma Stone que da Olivia Colman. Seria muito justo se as duas pudessem ser premiadas no Oscar.

    Abraços a todos!

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  9. Devo confessar que eu estava quase endoidando com a quantidade de opiniões positivas e elogios que eu estava vendo em relação a Green Book, muito bom ver os varandeiros sensatos dando 32 no metavaranda hahhahah

    Agora queria saber a opinião de vocês quanto ao Mahershala estar levando todos esses prêmios, na mesma categoria que ele dominou há pouquissimo tempo. Em um ano com atuações masculinas fortes, por que ninguém está conseguindo pelo menos brigar com o Mahershala?

    Aliás, eu estava pesquisando acerca das polêmicas envolvendo Green Book e encontrei que na verdade foi o próprio Mahershala que disse não saber da possibilidade de consultar parentes próximos ao personagem, aparentemente ele ligou para a família para se desculpar pelos erros e disse “I did the best I could with the material I had. I was not aware that there were close relatives with whom I could have consulted to add some nuance to the character” (fontes https://www.bustle.com/p/dr-don-shirleys-family-responded-to-mahershala-ali-green-book-win-at-the-golden-globes-with-a-lot-of-support-15725350). Então ele assume a superficialidade e o pouco cuidado concernentes a construção do personagem de Don Shirley? Me pergunto como dois atores com carreiras tão interessantes foram se envolver em um projeto fraco assim.

    Ótimo episódio, abraços!!

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    1. Pois é, Joana, acho que, quando ele percebeu que o filme deixou a dever uma pesquisa um pouco mais digna em relação ao personagem, se sentiu obrigado a pedir “desculpas”.

      Mas, apesar disso tudo, gosto da atuação dele. Acredito que ela dê algum brilho a um personagem que, como bem definiu o Chico, é uma ‘piscininha’. De qualquer maneira, temporada de premiação é assim mesmo: os estúdios escolhem os principais concorrentes, o buzz aumenta ou diminui em relação a eles e, no fim das contas, temos a Glenn Close ganhando todos os prêmios por um papel que ela faria dormindo.

      Abraço!

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