[Coração de Cachorro]
A estreia de Ilha dos Cachorros (17:48) é nosso tema principal do episódio. Premiado no Festival de Berlim, criticado por alguns por sua abordagem da cultura japonesa. Qual o veredito dos Varandeiros para o filme? Aproveitamos a oportunidade para debater o cinema de Wes Anderson. Os longas anteriores, o universo tão particular de um cineasta tão metódico e excêntrico. O que sua filmografia representa para o cinema indie americano atual?
Também em debate, a polêmica demissão de James Gunn pela Disney por conta de tuítes antigos. E Cantinho do Ouvinte, e nossas Recomendações. Bom podcast!
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Ilha dos Cachorros| Isle of Dogs | Wes Anderson | 62
| Varandeiros |
Chico Fireman @filmesdochico
Cris Lumi @crislumi
Michel Simões @michelsimoes
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Gravado na segunda, 23 de julho, na varanda do Michel.
Olá, varandeiros!
Ando sumido aqui da caixa de comentários, mas o tema desse episódio me fez vir correndo!
Adoro os filmes do Wes Anderson, diria até que é um dos meus cineastas favoritos. Tem algo na sensibilidade e no estilo dele que me fascina, e talvez seja melhor explicado pelo romancista Michael Chabon nesse texto que ele escreveu sobre o cineasta: https://www.nybooks.com/daily/2013/01/31/wes-anderson-worlds/
Ainda não vi Ilha dos Cachorros, mas o comentário que o Chico fez sobre uma “cena” especial do filme me fez pensar que esse é um traço comum dos filmes dele. Nem sempre o aspecto dramático dos longas é especialmente profundo, interessante, ou verdadeiro, mas tenho a impressão de que há sempre pelo menos uma cena de um encontro com o maravilhoso, a sabedoria, o sublime. Penso no avistamento do tubarão de Steve Zissou ou no encontro com o lobo de Sr. Raposo. Ou ainda a cena final de Grande Hotel, em que a personagem do concierge chega a uma conclusão sobre a natureza da história humana. Cenas como essas acabam “justificando” os truques, peripécias e manobras anteriores, como se só a construção de uma estrutura profundamente artificial permitisse capturar, como numa armadilha, a “beleza verdadeira”.
Enfim: é engraçado que eu amo os últimos dois filmes dele, diferente de vocês. Meu top 5 seria: Grande Hotel > Zissou > Sr. Raposo > Moonrise Kingdom > Rushmore.
Em tempo: sobre a história do James Gunn, gostei muito desse texto que reúne informações importantes para contextualizar a demissão dele, sem passar pano para o que ele fez nem simplificar a decisão dos estúdio: http://www.nebulla.co/o-politicamente-correto-nao-demitiu-james-gunn/
Abraço!
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Maravilha, Thomaz. Muito legal o comentário. Adorei os links.
Abraço!
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Atendendo ao pedido por comentários. Ou como cheguei à Varanda.
Logo que entrei no curso de letras, determinado professor solicitou um texto de apresentação pessoal. Procrastinei e o escrevi na ultima madrugada enquanto assistia a um filme de máfia com o personagem Phil Leotardo requentado. Fato narrado no texto e projetado pelo professor para toda turma entender como não deveria ser feito.
Ao final da aula um colega, com o qual havia falado uns minutinhos sobre cinema, questionou se o texto era meu (prof pelo menos me deixou anônimo). Yep, era meu. Ah, me fez lembrar de um blogue que leio, disse. Super Oito. Dei um google e passei a seguir. Surgiram alguns perfis relacionados e lembro de ter pensado: não posso ler um cara chamado Chico Bombeiro. Como diria Michel: desculpa ai pela pronúncia e obrigado pelo conceito de “filme viado”, Chico.
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Hahaha. Bela história. Só espero que o Cinema na Varanda não esteja sendo usado por professores como exemplo de como um podcast não deve ser feito 😉
Abraço e obrigado pelo comentário!
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Olá amigos. Descobri a varanda por acaso. Gosto muito de podcasts e queria achar algo sobre cinema na corrida do Oscar desse ano. Pesquisei no app castbox e fui agraciado com este podcast maravilhoso. Gosto muito de ouvir apesar de discordar de vocês na maior parte das vezes. Eu odiei Trama Fantasma do PTA tão querido pela Varanda e citado neste episódio, por exemplo, era um caso do “eu sei que é bom mas é chato”. Mas também segui as indicações de vocês e vi filmes que a princípio não me interessavam e gostei muito, como Um Lugar Silencioso e Personal Shopper. Hoje mesmo assisti As Boa Maneiras. Obrigado!
Me esforcei um comentário apesar de não ter esse costume pois gosto muito do cantinho do ouvinte e porque sei que é uma forma de motivar e trocar vocês e trocar experiências. Talvez agora perca a vergonha. Eu gostava muito de um podcast de viagens e nunca comentei, resolvi mandar um alô pra eles pra elogiar o trabalho e perguntar porque estavam sumidos e soube que o podcast tinha acabado. Me senti um pouco responsável por não dar o feedback do bom trabalho que eles faziam.
Fica aqui o elogio a vocês e algumas curiosidades:
i) eu gosto de podcasts longos! Sim, pode ter 1 hora e meia, 2 horas, se o papo rende e o conteúdo é bom que tenha 5 horas. É sempre interessante (esse termo voltou a ser permitido no podcast tantos anos depois da Glória no Oscar?) ouvir pessoas que entendem e são apaixonadas por algo em uma conversa construtiva e divertida.
ii) ouvi todos os episódios, sem exceção. Assisti vários filmes indicados ou contra-indicados por vocês e me diverti tanto quando concodava quanto quando discordava com o que vocês diziam. Eu gosto de cinema mas não tenho conhecimento nenhum, só informação raza e curiosidade. Inclusive sempre que vejo um filme busco para ver se foi comentado no podcast.
iii) apesar de gostar de episódios longos eu desenvolvi um hábito com meus estudos para por vídeo-aulas. Eeu acostumei a ouvir as aulas e os podcasts acelerados. Vocês falam tudo bem claro, então eu escuto o podcast na velocidade 1,4x! Eu não consigo mais ouvir vocês na velocidade normal. Parece que estão bêbados, drogados, com sono, ou algo to tipo. Especialmente o Chico. ahuahuaha
Pra quem não comenta, acabei com um textão.
Vida longa à Varanda!
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Muito legal o comentário, Ricardo. Obrigado. Achei um pouco assustadora essa ideia de ouvir o podcast em velocidade acelerada. Eu, que não curto a minha voz, fico imaginando como seria numa versão ‘Alvin e os Esquilos’. Tremi aqui.
No mais, é bem bom saber que, apesar das discordâncias de opiniões, você segue nos ouvindo. Sou daqueles que acreditam que – hoje mais do que nunca – é mais importante ler/ouvir opiniões diferentes das minhas do que semelhantes. Opinião parecida traz conforto, sensação de pertencimento, mas também estimula isolamento e preconceito.
Abraço!
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olá Varandeiros
parabéns por mais um excelente programa…
Acho que Wes Anderson é o melhor diretor sobre “white people problems” (ou o que antigamente chamávamos de pequenos problemas burgueses) – ele retrata como ninguém a melancolia de pessoas ensimesmadas e sem propósitos.
O tom irônico sempre funciona, para mim pelo menos, como um chamado para o despertar ao invés de uma glorificação da ingenuidade e a simetria e perfeição de cada quadro revela a fragilidade dessa situação – como se a qualquer momento qualquer alteração mínima pudesse fazer aquela realidade colapsar.
Adoro “os excêntricos Tenenbaums” – assisti no cinema com minha namorada da época e ela dormiu e odiou o filme – e acho que a cena da partida de tênis que encerra a carreira do personagem do Luke Wilson brilhante – sério, uma das minhas cenas preferidas de todos os filmes.
uma dica de coisa legalzinha da internet é o vídeo “What if Wes Anderson Directed X-Men?” – juntar wes anderson com filmes de super-heroi deve ser o sonho secreto do Michel.
um grande abraço
L
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Ótimo comentário, Leandro. Pelo visto, a varanda tem MUITOS fãs do Anderson.
Abraço!
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Não perde um deste vinda do varanda ao youtube. Diz aí:que filmes de veneza são propensos filmões?schnabel?florian?reygadas?
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Michel ficará muito feliz em respondê-lo.
Abraço!
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Amigos Varandeiros,
Depois de um período de férias, inclusive passeando perto de vocês (fui em São Paulo e aproveitei para ir na Mostra Hitchcock do MIS) , estou retornando aos comentários na varanda… Neste momento, sem ter visto ainda o filme dos “cachorros”, estou retornando para agradecer ao Chico pela menção ao filme da Jorane Castro (Para ter onde ir). Fiquei muito feliz com o fato dele ter gostado do longa, pois, num dia no face, perguntei se ele tinha assistido (ele não tinha)… Dias depois Chico pública no face um belo texto sobre o filme da paraense… adorei Chico!
Abraços em todos!
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