EP 108: Globo de Ouro 2018 | The Square – A Arte da Discórdia | 120 BPM

O Cinema Veste Preto

O protesto, os premiados, os esnobados… O grande tema da semana é a cerimônia de premiação do Globo de Ouro (1:00:07). Batemos um papo sobre o movimento #TimesUp, em que a maior parte das estrelas de Hollywood se vestiram de preto, os altos e baixos da festa e sobre como fica a corrida do Oscar a partir de agora.

Antes disso, nossas opiniões sobre os dois principais filmes premiados em Cannes, que estreiam esta semana. A Palma de Ouro foi para o sueco The Square – A Arte da Discória, de Ruben Ostlund (10:50). Já o Grande Prêmio do Juri ficou com 120 BPM, de Robin Campillo (38:38). Prêmios merecidos?

Ainda: Boletim do Oscar com os indicados ao PGA, o nosso Cantinho do Ouvinte e, nas Recomendações (1:42:43), o fenômeno do “isso é muito Black Mirror”. Bom podcast!

METAVARANDA (média das notas dos filmes comentados)

The Square – A Arte da Discórdia | Ruben Östlund | 45
120 Batimentos por Minuto | 120 Battements par Minute | Robin Campillo | 65

Gravado na segunda, 8 de janeiro, na varanda do Michel.

19 comentários sobre “EP 108: Globo de Ouro 2018 | The Square – A Arte da Discórdia | 120 BPM

  1. Amigos Varandeiros,

    Eu falei via Twitter com Michel esses dias e disse que uma palavra resumia The Square: PEDANTE.

    Michel concordou comigo e parece que os Varandeiros também.

    Confesso que fiquei feliz ao encontrar parceiros nessa opinião, pois, ao falar “mal” do filme, em grupo de cinema, fui surpreendido pelos amores que circundam o longa (inclusive minha esposa gostou).

    Eu, diferentemente, achei The Square muito superficial e incapaz de desconstruir aquilo que se propõe a debater (a arte e a vida), ainda que tenha bons momentos.

    Para piorar, o filme é de um didatismo sem vergonha que da inveja em Nolan.

    Minha nota seria 4.

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  2. Sobre Black…

    Black é uma série extremamente interessante (Michel, o terrível!) naquilo que se propõe, ou seja, falar de temas de ciência, ainda que superficialmente, prospectando seus avanços.

    Não por acaso, Black é um prato cheio para discussões sobre temas como: eternidade, prisões, o poder do panóptico, as redes sociais e a ciência propriamente dita.

    Como série ontológica (capítulos que não se conectam), ela não busca aprofundar nas discussões, mas disparar ideias e reflexões sobre o mundo (seja positivamente, meio termo ou negativamente).

    Gosto disso!

    Ainda que a fórmula esteja dada, ainda é a melhor série de ficção científica do momento.

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  3. Tiago, para matar o Michel (kkkkk), proponho episódio Black Mirror depois do Oscar.

    PS.: Eu irei fazer um clube da imagem em movimento na escola em que trabalho e Black será o elemento para promover a discussões com os alunos (exibição e debate com professores de Filosofia, Ciências e Sociologia).

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    1. Sim, seria interessante comentar episódio por episódio com o Michel. Fico aqui imaginando o que ele vai achar do ‘Black Museum’, rs.

      Tenho uma queda por sci-fi paranoica, principalmente com essas especulações de botequim sobre avanços da ciência. ‘Black Mirror’ me pegaria mesmo se os episódios fossem realmente ruins (não acho que sejam).

      Abraço!

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  4. Ola pessoal!
    Feliz ano novo pra todos vocês!
    Estava atrasada com os episódios e quero parabenizar pelo Varanda Awards! Adorei as categorias e principalmente os resultados…#ficaadicahollywood 😂
    Confesso que não sei o que esperar para o Oscar desse ano, mas minha torcida está para Três Anúncios.
    Desabafo: gostaria muito que pudéssemos ter as principais estreias aqui no Brasil bem antes do Oscar (sei que isso ja foi discutido aqui) Me da agonia sair correndo pra ver todos os filmes loucamente em 2 meses ou menos, pra poder estar 100% embasada no dia da premiação . Não tem salário que aguente! #Time’sUP
    Com relação a BLACK MIRROR, eu particularmente gosto muito de séries ou filmes que abordem o uso da tecnologia e futuro, mas confesso que nessa última temporada especialmente no “Black Museum” e no episódio que faz um “cosplay” de Star Treck, eles foram além do além… sei que é a proposta, mas acabaram perdendo a mão e se empolgaram demais, me peguei perdida e sem entender muitas partes, que foram desconexas pra mim.
    Bom 2018 a todos!
    beijos

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    1. Oi, Fernanda, tudo bem? Eu também gostaria de ver os filmes antes, nos cinemas, os filmes cotados ao Oscar. Acontece que, em alguns casos, principalmente das produções mais pequenas, as distribuidoras acabam ‘segurando’ os filmes à espera do anúncio das indicações ao prêmio. Daí o clima de afobação no calendário da véspera do Oscar. Duvido que corram para lançar ‘Projeto Flórida’, por exemplo, se o filme não for indicado ao Oscar – o que será uma pena.

      Para quem gosta de ver esses filmes no cinema, e não em cópias vagabundas que vazam na internet (meu caso), é um saco mesmo.

      Abraço!

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  5. O mais lamentável desse Globo de Ouro foi a vitória do Mcgregor. Ele simplesmente bateu, inexplicavelmente, Robert de Niro (um vilão magistralmente contido), Jude Law (um personagem incrível, cheio de camadas em que Law preencheu todas), Maclachlan com a interpretação mais icônica da história da tv (meu preferido disparado). Até Geoffrey Rush fazendo uma caricatura do Eisntein está melhor. E, desculpe Cris, mas esse prêmio não dá para defender. Abraço a todos e feliz ano novo!

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  6. Um dos episódios mais legais do Cinema na Varanda de todos os tempos! Uma delícia de ouvir, desde os comentários sobre dois filmes de Cannes-2017 que estrearam na semana passada, passando pela discussão da noite memorável do Globo de Ouro (talvez o melhor dos GGs que eu já vi), e encerrando com o Michel despejando sua ira contra a sensacional Black Mirror. hehe. Bom demais, minha gente. Não podia deixar esse registro passar em branco.

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  7. Gente pelo amor de Deus, falem um pouco sobre Cannes 2018 no proximo podcast. O que vcs acham que vai ter na selecao desse ano? E obrigado por fazerem o melhor pod de cinema desse brasil de merda. Vcs me fazem muito feliz ❤

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  8. Eu escuto essa discussão sobre o Oscar com o viés político que o cerca e imagino no futuro, daqui uns 50 anos, uma pessoa pegando a lista de vencedores sem entender o que passava na cabeça dos votantes, já que não terão esse contexto. Definitivamente os prêmios não são mais para os filmes ou para o que entendemos ser cinema. Não sei se sempre foi assim ou a minha ficha foi cair somente nesses últimos anos. Na maior premiação de cinema do mundo, percebo que já faz algum tempo que os filmes em si são segundo plano e decorativos, podendo facilmente serem substituídos por quaisquer outras coisas. Acabo perdendo um pouco o tesão por conta disso.

    Mas vocês continuem sempre ótimos. Abraços,

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    1. Acho que nunca foi uma premiação só sobre filmes, mas noto que, nos últimos anos, o Oscar tem se tornado uma premiação sobre o ‘estado de coisas’ em Hollywood que calha de eleger os melhores filmes do ano – e a lista de melhores reflete o tom geral que a premiação ganhou. Óbvio que, pra quem gosta de cinema e quer ver os bons filmes filmes sendo premiados, isso pode ser frustrante, mas é o tipo de distorção de ocorre também em grandes festivais, por exemplo, quando o júri embarca no “clima do momento” para escolher esse ou aquele filme (vide a vitória de The Square ou de Michael Moore em Cannes). Acontece.

      Abraço.

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  9. Acho “Lady Bird” tão white people problems!
    Tô apostando em “The Post – A Guerra Secreta”. O novo Spielberg tem tudo a ver com o atual momento político dos EUA – ainda mais após o lançamento do livro Fire & Fury – e com a predileção do Oscar por temas que envolvam atuação da imprensa (supostamente livre) e/ou bastidores do governo central e/ou profissional ético e aguerrido que luta contra o status quo para trazer a tona a verdade.

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  10. O que eu entendi ou não entendi de ‘The Square – A Arte da Discórdia’. Dentro do museu: lugares preenchidos por uma arte patrocinada por milhões de dólares e inacessível para o público em geral que termina por deixar esses espaços a míngua. Fora do museu: uma realidade dura contornada por problemas sociais graves e que não tem a predileção dos investimentos desses milhões. Como criticamos essa oposição: vamos ao shopping com os nossos filhos comprar compulsivamente com o dinheiro que nos sobra. Acredito que se você decide fazer um filme criticando algo, defenda o seu ponto de vista e a sua crítica até o fim sem ter a necessidade de ficar em cima do muro ou de não querer ofender alguns porque não quer ficar de fora do clube. Foi essa a impressão que tive. Sinceramente, não entendi a Palma de Ouro quando se tinha no lastro ‘Bom Comportamento’.

    No caso de ‘120 BPM’ é uma grande pena que o filme tenha declinado para o fim trágico da vida de um dos personagens quando se tinha todo aquele movimento orgânico, pulsante e vivo. Confesso que queria ver muito mais daquele grupo e de suas lutas, do que a vida específica de alguns personagens. Até mesmo porque o filme se mostra muito mais propenso a discutir esse movimento e suas ações do que ser aquele filme sobre a vida de alguém que contrai o vírus do HIV. De qualquer modo, o filme é importantíssimo no contexto atual e merece amplamente a divulgação.

    Pra finalizar, o episódio foi sensacional como sempre. E queria saber o que vocês acharam da crítica do Rubens Ewald para o filme ‘Projeto Flórida’ que deu o que falar, pelo menos no Twitter. Abraços.

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  11. Voltei três episódios para dizer que a cena da Síndrome de Tourette foi uma das mais irritantes que eu vi nos últimos 10 anos. “The Square” me chateou profundamente.

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