EP 77: Mulher-Maravilha | O Cinema de James Gray | Z – A Cidade Perdida

A Princesa Amazona e o Explorador da Amazonia

No episódio da semana, Chico Fireman, Cris Lumi, Michel Simões e Tiago Faria conversam sobre dois filmes que, aparentemente, pouco têm em comum. Mas só aparentemente.

Fenômeno de bilheteria, sucesso de critica. Finalmente um filme de super-heróis protagonizado e dirigido por uma mulher. Mulher-Maravilha (11:30) seria o melhor filme da DC? E pode ser considerado 100% feminista?

A outra estreia destaque da semana também é ambientada no início do século 20, por volta da I Guerra, trata de um mundo utópico e tem um personagem desbravador… Z – A Cidade Perdida (59:15) apresenta uma visão de descoberta dos europeus civilizados na Floresta Amazônica habitada por índios. Antes de falar sobre o filme, aproveitamos para debater o cinema do seu diretor James Gray (48:23), de longas como Amantes e Era uma Vez em Nova York.

E mais: Cantinho do Ouvinte e recomendações. Bom podcast!

METAVARANDA (média das notas dos filmes comentados na edição)

Mulher-Maravilha | Wonder Woman | Patty Jenkins | 64
Z – A Cidade Perdida | The Lost City of Z | James Gray | 70

Gravado na segunda, 5 de junho, na varanda Michel.

12 comentários sobre “EP 77: Mulher-Maravilha | O Cinema de James Gray | Z – A Cidade Perdida

  1. Bom, fui ver Mulher Maravilha com muito medo e acabei me surpreendendo positivamente. A sensação que tive vendo esse filme foi semelhante a que tive vendo Logan, a memória afetiva conta muito. Se com Logan foram 17 anos de relação, com Diana é uma vida toda esperando esse filme acontecer e a Ana de 10 anos de idade estava sentada do meu lado no cinema.
    É engraçado ver vocês falando como tem muito feminismo no filme, pois eu acho que fica devendo em aspectos mais básicos nesse ponto e eu sinto o peso do que o Chico falou, de a equipe só contar com a diretora e mais duas mulheres, sendo formada essencialmente por homens. A partir da segunda parte, a única mulher que se destaca é a Diana, acho que a participação da Etta poderia ter sido mais explorada e até a da Dra Veneno fica devendo, pois se divide com a história do General. Concordo que o final tem uma mão pesada do Zack Snyder na parte final, mas já tava montada no jato invisível do hype a essa altura e não é algo que consiga estragar o filme pra mim. É uma pena que o vilão não tenha sido mais forte, mas quando penso em filme de herói onde o vilão é muito importante, como no ‘Cavaleiro das Trevas’, vejo o herói ser transformado em qualquer coisa e, se os roteiristas não conseguem desenvolver os dois, prefiro que a heroína seja a badass nesse caso. Acho que o filme tem tudo para se tornar um clássico no mundo dos super heróis e espero que abra as portas para muitas outras heroínas. =)

    Ah, como havia esquecido de comentar no episódio da semana passada, eu adoro quando vocês falam de séries, afinal a TV também produz conteúdo de qualidade acho besteira se ater apenas ao cinema, quando um te oferece Piratas do Caribe 50 e o outro as séries do Bryan Fuller.

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    1. Maravilha de comentário, Ana. Obrigado. O legal aqui do blog é ver pontos de vista diferentes sobre temas que colocamos em discussão no podcast. O seu olhar sobre ‘Mulher-Maravilha’ acrescenta muito ao papo, inclusive quando você fala sobre a sua experiência muito pessoal em relação ao filme – sempre lembrando que, discussões sobre feminismo à parte, cada olhar é um olhar.

      Abraço (e seguiremos falando sobre séries porque faço questão)

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  2. Oi pessoal! Assistirei o Mulher Maravilha esse fim de semana, por isso não comentarei sobre o filme.
    Tenho uma sugestão de possível “quadro” para o podcast… seria como uma expansão do cantinho de ouvinte. Por exemplo: nós sugeririmos algum filme aqui nos comentários, e na outra semana vocês trariam algum comentário (algo bem breve, para não interferir na pauta da semana) e uma votação de metavaranda para esse filme. Como existe a possibilidade de ter muitas sugestões de uma vez, vocês poderiam usar o metodo dos comentários (selecionar o primeiro filme sugerido por aqui, ou pelo face, etc)., ou poderiam escolher a sugestão que melhor se encaixasse no tema da semana como um complemento de discussão. O que acham? Tive essa idéia essas dias, pois têm muitos filmes que assisto ou já assisti (que estão fora de circulação ou que saiíram direto em streaming) que fico me perguntando: “qual seria o metavaranda desse filme? ” ou até mesmo seria uma forma de compartilhar com vocês algumas observações sobre o filme.
    Apenas uma sugestão!
    Beijos e boa semana

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  3. James Gray é um p#%& diretor! Conheci ele em Os donos da noite e daí fui caçar as obras do cara. Infelizmente terei que contentar-me com métodos alternativos para ver este Z, pois, o horário colocado em Belém foi de lascar – nem quis ouvir o resto do bate papo bacana de vocês.

    Sobre Mulher Maravilha…

    Estava adorando a paleta colorida do início do filme, até que veio Londres e daí em diante foi só escurecendo mais e mais até chegar ao tom azul sujo (cara, quem criou essa estética de mal gosto? Pelo amor de Deus) do final do filme… E pá! La estava o Zack Snyder… Aí ferrou. Apesar disso, eu confesso que gostei do filme… As “piadas”, tá mais para humor mesmo, pois não é piada, já que compõe o personagem é uma das melhores coisas do filme. Contudo, o sobe e desce de tom em cada cena de ação é no mínimo repetitivo para qualquer um… Já estava cansado de ver a Mulher Maravilha entrar em câmera lenta e com os acordes nas alturas em cada cena de ação.

    Abraços e boa semana para todos!

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  4. Eu acho que sempre começo o comentário dizendo que o episódio foi muito bacana: e é! Como sempre. Gostei muito da discussão sobre “Mulher Maravilha”, vocês estavam realmente tomados pelo filme na hora do debate. Concordo com quase tudo, mas duas coisas me chamaram atenção no filme. A princípio, tínhamos uma guerreira amazonas lutando contra o senhor da guerra. Em outro plano, tínhamos um espião tentando deter as realizações de uma cientista maléfica. Por mais que não tenha sido proposital, e acredito que nem tenha sido isso mesmo, mas a primeira coisa que veio a minha cabeça foi a questão mulher versus homem, e homem versus mulher, em situações ambíguas que você pode enaltecer ou contradizer a imagem da figura feminina, mas não a masculina, porque, até então, a primeira figura masculina é desconhecida. A segunda observação está – na parte final do filme – no momento em que, para mim, o heroísmo da figura masculina é muito mais ampliado do que o da própria Mulher Maravilha. Em quase todos os filmes de super-heróis a imagem desse ser – que na sua maioria são quase todos homens – fica evidente a admiração que toda a população ou sociedade sente por seu herói nas cenas finais. Admiração essa que é propagada desde fotos, a destaques de jornais, revistas e etc. Com a Mulher Maravilha não senti esse reconhecimento da sociedade para com a sua super-heroína. Pelo contrário, o ato de heroísmo fica para com os homens que deram a vida em prol da guerra, como se as ações da Mulher Maravilha, nos instantes finais sublinho, fossem colocadas a segundo plano. Me incomodei, no sentido de que a figura da mulher como super-heroína pudesse ser abraçada na mesma medida que um super-herói. Ainda que fosse clichê, gostaria desse enaltecimento acerca da figura feminina forte, guerreira, destemida e independente pela sociedade no final do filme. De qualquer modo, é um filme bom e merece ser visto. Já “Z: A Cidade Perdida” gostei muito. Esse é o meu terceiro filme do James Gray e gostei de todos. Contrariando vocês, tendencio a gostar mais de “A Imigrante” do que de “Amantes”. Voltando ao filme, não consegui, também, enxergar essa transcendência do homem europeu. Fico muito mais com o posicionamento do Michel, pois, foi justamente essa ideia que me ficou clara: a de um homem tentando reconquistar a honra de seu nome a partir de um feito grandioso. O filme cresce muito para mim quando as discussões familiares tomam os planos principais. Talvez, o problema do filme realmente tenha sido visualizar durante essas viagens de idas e vindas a transformação de um homem com um objetivo social evidente em um homem que vai transgredindo seus ideais durante a jornada em busca da cidade perdida. E só pra encerrar, sobre as recomendações de vocês no episódio anterior, trago com felicidade a notícia de que as sessões do Cinemark que exibem clássicos do cinema – num horário ruim claro, pois, preciso faltar aula na faculdade – são praticamente lotadas. Os dois últimos filmes que assisti “E O Vento Levou…” e “2001: Um Odisseia No Espaço” as sessões estavam praticamente esgotadas. Estou aguardando agora para assistir “O Mágico de Oz”. E sobre o Festival Varilux, fiquei contente por haver um filme indicado no Festival de Cannes desse ano: “Rodin”. Esses filmes de Cannes demoram muito para estrear em circuitos oficiais ou de salas de arte, pelo menos aqui em Salvador. Abraços.

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