EP 72: Os Primeiros Filmes que Assistimos | Além das Palavras

Meus Primeiros Amores

Qual foi o primeiro filme que você viu? E a sua primeira ida ao cinema? Quais foram aqueles filmes que marcaram o início da sua vida de cinéfilo? Chico Fireman, Cris Lumi, Michel Simões e Tiago Faria relembram as visitas às locadoras, os filmes favoritos em diferentes épocas, a influência dos pais e os longas que formavam a base para os tornar fãs de cinema (0:53).

Ainda batemos um papo sobre o novo lançamento do diretor inglês Terence Davies, o drama biográfico Além das Palavras (44:55), sobre a poetisa americana Emily Dickinson.

O Cantinho do Ouvinte é especial: pedimos aos ouvintes que nos seguem no Facebook para comentar sobre seus primeiros filmes da cinefilia. E, nas recomendações (58:15), antecipamos Guardiões da Galáxia 2, que ficou como tema da próxima semana. Bom podcast!

METAVARANDA (média das notas dos filmes comentados na edição)

Além das Palavras | A Quiet Passion | Terence Davies | 72

Gravado na segunda-feira, 23 de abril, na varanda do Michel.

23 comentários sobre “EP 72: Os Primeiros Filmes que Assistimos | Além das Palavras

  1. Varandeiros,

    Muito Pai D’égua esse episódio!!!

    Confesso que ao ouvi-los bateu forte o sentimento de nostalgia, desses que trazem Felicidade misturada com saudade de tempos que não voltarão.

    Vou quebrar aqui meus comentários, pois um episódio assim merece apontamentos que valorizem as partes…

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  2. Parte I – Cinema na TV

    Os filmes que citei no face estavam diretamente ligados à programação de TV. Cinema em casa, Supercine, Sessão de Gala, Corujão e Sessão da Tarde eram espaços que exibiam filmes bons e diversos.

    Lembro-me que foi no início dos anos 90 que tive contato com Chaplin, por exemplo. Foi em especial de final de ano da Rede Globo.

    Eram bons tempos de cinema na TV (depois tudo se perdeu).

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  3. Parte II – Foi na TV que aprendi a amar filmes

    O contato com o cinema pela TV fez com que eu amasse o cinema, já que a sala escura era algo de difícil acesso financeiro.

    Antes de prosseguir, revelo que meu primeiro filme foi Mestres do Universo, com minha mãe lendo as legendas, no longínquo ano de 1987.

    Retomando a TV, tenho que dizer, amigos, que foi nela pude ver 2001, E o Vento Levou, Robocop, Mary Popins, A Noviça Rebelde, O Exterminadora do Futuro, Curtindo a vida adoidado entre outros.

    Eu tenho que dizer que foi os filmes na TV que despertaram a cinefilia.

    Como perceber que você tornou-se um cinéfilo?

    Eu percebi quando passei a querer ler sobre os filmes que via (eu devia ter uns 12 anos).

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  4. Parte III – O vídeo cassete

    Eu não tive vídeo cassete em casa por muito tempo.

    Na verdade, só pude ter vídeo cassete no ano de 2001, quando já falava-se em DVD, quando entrei na universidade e com uma bolsa de estudos paguei parcelado em uma loja.

    Tal fato não quer dizer que não tinha tido contato com o aparelho.

    Eu tive e conto!

    Meu contato com o vídeo cassete foi na casa de um tio.

    Meu tio e vizinho chamou, acho que era meados de 1993, todos os sobrinhos para mostrar, junto com os filhos (meus primos), a beleza que era ver um filme que ainda não tinha passado na TV.

    Adorei!

    Aproveitava para acompanhar os primos quando eles iam a locadora, lá conseguia, no papo, empurrar alguns filmes de meu gosto para eles trazerem.

    Foi assim que vi Drácula, Frankenstein, Época da inocência, A Lista de Shindler entre outros.

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  5. Parte IV – O final (eu prometo!)

    Hoje tendo emprego, costumo a ter no cinema um dos maiores lazeres fora e dentro da minha casa.

    Não apenas isso, tento fazer com que meus filhos gostem do cinema, pois é a arte que mudou o século passado.

    Como gosto de dizer…

    “São nossas cavernas platônicas”.

    Abraços e desculpem a extensão do texto… É a nostalgia.

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  6. Uau, me identifiquei com os comentários do Chico e do Ailton. No começo da minha cinefilia, foi justamente quando eu comecei a acompanhar o Oscar e assistia aos indicados que eu passei a me interessar de verdade pela sétima arte, acho que foi primeiro contato com o cinema que fugisse do padrão mainstream, e daí nasceu essa paixão, ainda que essa minha introdução tenha sido bem mais recente do que os das edições passadas. O primeiro vencedor do Oscar de Melhor Filme que eu conferi na minha vida foi “Quem Quer Ser um Milionário” (informalmente, já que eu tinha assistido só o comecinho do filme quando passou na Globo, e bem mais tarde viria a assisti-lo por inteiro). Quando a cinefilia começou a pulsar, lembro claramente que eu assisti “O Artista”, que cheguei a comprar numa banca da feira atraído pela frase “vencedor de 5 Oscars”. Não sabia de nada sobre o diretor, sobre os atores, sobre a história. E eu me apaixonei. Foi sublime. Deve ter sido uma das primeiras grandes obras da minha vida cinéfila. Ouvir este podcast me trouxe à memória doces lembranças de quando eu descobri esse universo de maravilhas que é o cinema.

    Abraço, varandeiros!!!

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  7. Olá amigos! Que delícia ouvir este episódio, impressionante como as histórias de quem gosta de cinema são tão parecidas. Dá vontade de compartilhar.
    O primeiro que eu vi no cinema foi um Robert Altman: Popeye. Aos 6 anos, lembro de ter achado ótimo a sala inteira rindo da Olivia Palito caindo, e de ter sentido medo de um polvo. Vi muitos filmes no cinema do clube Pinheiros, que todo domingo tinha uma matinê, que alternava bizarros como o italiano Tentáculos (77) com desenhos como 101 dalmatas.
    O primeiro em VHS foi com uns 8 anos, O Destino do Poseidon, gravado da Globo, e isso gerou um desejo de ver e rever todos os filmes-catástrofe possíveis, o que me levou à Tubarão, o primeiro filme que considerei algo acima dos outros.
    O primeiro que me deu vontade de conhecer mais sobre cinema foi Evil dead, que me deixou abismado com aqueles movimentos de camera completamente desvairados.

    Muito obrigado pela sessão nostalgia e pela lembrança no início do episódio.

    Abs
    Gustavo Joseph

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  8. Sei que ta atrasado mas preciso me retificar, quando li o post do Chico não me liguei que os filmes que deviam ser indicados eram somente os dos primórdios da nossa existência, por isso indiquei filmes recentes.. ouvindo o podcast essa semana, tive várias recordações da minha infância … sou de 86, então ate meus 12 anos só assistia desenho animado (os clássicos da Disney), lembro que assistia o Oscar só ver as apresentações musicais e minha torcida sempre ia pra Disney. Sim! Eu era obcecada ao ponto de saber as músicas, os diálogos. E confesso que essas animações têm um peso e um valor bem grande pra mim, ainda hoje.Mas como todo ser humano eu obviamente, tinha um lado obscuro, toda vez q ia na locadora passava na sessão de terror e ficava olhando a capa dos filmes o que ja era suficiente para não dormir naquela noite. Me perguntava : como alguém consegue ver IT? chuck (brinquedo assassino)? E acreditem, um dos principais objetivos de quando eu “crescesse” era conseguir ver um desses filmes e não ficar sem dormir por conta de medo! Pois bem esse dia chegou(confesso que demorou um pouco, mas chegou haha) desde então não parei mais de ver filmes de terror, ate q conforme fui amadurecendo fui ampliando e globalizando meus interesses.. desses filmes que me aterrorizam e me marcaram foram: “Mamãe é de morte”, todos os “Brinquedo Assassino”, o Exorcista, o Iluminado, Aracnofobia, A volta dos mortos-vivos e até uma serie da época: “Tales from the crypt ” ( acho q ate hj tenho medo daquela caveirinha), aracnofobia, a volta dos mortos vivos, o Exorcista.
    E parabéns por mais esse episódio incrível!

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    1. ‘Mamãe é de Morte’ eu adorava também (mas achava mais engraçado que assustador, na verdade) e acompanhava ‘Tales from the Crypt’ quando passava na HBO. ‘Aracnofobia’ foi um filme que acabou marcando muito…

      Bem legal o comentário, Fernanda. E não se preocupe com o tamanho dos textos, viu? Se quiser pode dividir em capítulos rs

      Abraço
      Tiago

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  9. Olha, este foi o episódio “mais gostoso” do Cinema na Varanda para mim. Para começar, vocês me colocaram entre os amores da Varanda. Fiquei tão feliz e tão besta, queria chamar minha mãe para ouvir…rs
    Eu comecei minha vida de cinema com os filmes dos Trapalhões, que minha mãe adorava. Mais para o final da década de 80, me marcaram, no cinema, o Super Xuxa (e quem não, né…rs) e o Batman. Fiquei encantada com este filme na época.
    Eu não tinha influência e nem informação para procurar os clássicos, mas em casa via o que passava na TV, principalmente os filmes de terror da madrugada, depois q todo mundo ia dormir. E, claro, ET, Curtindo a vida adoidado e outros da Sessão da Tarde. A Noviça Rebelde é outro filme que sempre me encantava.
    Depois disso, no início da década de 90, eu me mudei para a cidadezinha da minha mãe (a cidade onde rola a Festa da Polenta, Chico) e, com as dificuldades do interior, só consegui ter acesso ao cinema de novo nos anos 2000. E vou dizer uma coisa: nunca soube dizer o porquê, mas nestes anos todos no interior eu só sentia falta de 3 coisas: um cinema (mal mal tínhamos locadoras, com todos os filmes dublados); uma estação de rádio qq para eu ouvir (nem isso tinha por lá); e sorvete de casquinha do McDonalds. rsrsrs
    Difícil…

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    1. Opa, legal saber que foi um episódio ‘gostoso’. Por mais episódios gostosos! hahaha. ‘Super Xuxa’ e ‘Batman’ também me marcaram. Vi os dois no cinema e foi no ‘Batman’ que consegui ler as legendas pela primeira vez (acho que já contei essa história no podcast).

      Abraço!

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  10. Infelizmente não lembro o primeiro filme que vi no cinema, até porque tenho 21 anos, e ia aos cinemas desde bem pequeno… Mas os filmes que me despertaram pra cinefilia foram Cisne Negro, Drive e Shame. Isso tem uns 6 anos, e esses três filmes ainda ocupam um grande espaço no meu coração!!
    Até semana que vem!!

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  11. Puxa! Como bateu saudades daqueles filmes de terror trash dos anos 80.
    Os que me marcaram ainda bem moleque foram “A Mosca” e “A Hora do Espanto”. Gravava da TV em VHS e assistia inúmeras vezes até saber todas as falas de cor (assim como memorizava todos os comerciais que passavam nos intervalos!). Lembro até de ter me fantasiado de mosca num carnaval!! Rs.
    Não lembro o primeiro filme que vi no cinema. Ia com meus pais mas eles só tinham paciência de ler as legendas para mim até a segunda cena… O primeiro que me lembro de ter visto sozinho e me encantado foi Exterminador do Futuro 2.
    Episódio muito bom!
    Grande abraço.

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  12. Sempre gostei de filmes, desde criança. Filme no cinema de bem pequeno me lembro de “Os trapalhões na terra dos monstros”, onde ainda ganhava uma bola cinza dos trabalhões; imagina uma sala de cinema com um monte de criança com uma bola cinza? Assim foi a sessão mais antiga que me lembro. Mas nunca fui quando pequeno muito de “cinema”, era de locadora; minha mãe comprava os vídeo-cheque e semanalmente estava lá na locadora pegando filmes infantis, da Disney principalmente – fui a criança clichê. Depois na época da transição da infância a juventude, comecei a “querer ir no cinema”; e aí veio o primeiro filme que vi no cinema por iniciativa própria: Space Jam. A coisa começou a ficar séria por volta de 97/98 – saudosa época de Titanic, LA Cidade Proibida, Gênio Indomável, Melhor é impossível, Deuses e Monstros, Segredos e Mentiras – passei a ter outros interesses, querer ir mais a fundo, mas ainda ficava em filmes alternativos, queria subversão, olhar crítico, ser ranzinza – porém vendo mais filmes recentes. Para a base da formação cinéfila, indo para os clássicos, usei muito como referência a lista de 100 melhores do AFI na celebração pelo centenário do cinema e também os livros do Rubens E. Filho (100 melhores filmes, 100 melhores cults, 100 maiores cineastas); além é claro da passagem mais importante: participar de fóruns, que foi pra mim a experiência mais transformadora e moldadora da minha vida cinéfila pois conheci ali muita gente fera que me influenciou bastante. Na época dos 15/17 anos meu filme favorito era “Gladiador”, depois passando pelos clássicos não teve jeito, durante muito tempo foi “O Poderoso Chefão” até ficar como está hoje com “Rocco e Seus Irmãos”. Era um rato louco de locadora, passava horas e horas nelas, tinha ficha em um monte na minha cidade para buscar os filmes e até enviava e recebia VHS gravado por correio (que loucura minha gente). Como aqui tinha promoção de filme de quarta-feira (catálogos 5 x 12 reais e lançamentos com 50% de desconto), eu alugava um monte e gravava em VHS (cabia 3 filmes de 2h em um VHS gravado em EP, em SP que aumentava a qualidade dava para gravar somente 1 de 2 horas), pois não dava tempo de assistir nas devoluções 24 horas. Me orgulho de ter sido dessa geração cinéfila maluca, que tinha que se desdobrar para ter acesso aos filmes; vejo essa nova geração acomodada e reclamona demais tendo tudo de mão beijada.

    Esse tema foi muito bom. Papos que resgatam lembranças que pra mim são muito boas.

    Abraços,
    Henrique Miura

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    1. Esse capítulo dos fóruns de cinema renderia um episódio à parte no podcast, Henrique.

      Muito legal seu texto. Os Trapalhões, pelo visto, são o Cidadão Kane da cinefilia infantil brasileira.

      Abraço!

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  13. Minha cinefilia começou com O Rei Leão: assistia ao VHS repetidas vezes deitado no tapete da sala. Chegou um ponto em que eu repetia todas as falas junto com o filme.

    Depois, mais velho, passei a alugar DVDs numa locadora perto de casa, principalmente aqueles clássicos mais ilustres, de E o Vento Levou e Casablanca a Hitchcock, Orson Welles e Kubrick.

    No fim da adolescência, minha cinefilia se concretizou com a descoberto da blogosfera cinéfila brasileira. Um dos primeiros críticos que eu li com regularidade foi o Chico!

    Mais ou menos nessa época também participei de um cineclube na escola que me apresentou a muita coisa boa…

    Hoje, infelizmente, não vejo tantos filmes quanto antigamente, mas procuro acompanhar os lançamentos mais interessantes e ir preenchendo as lacunas dos clássicos.

    Em tempo: extraordinário o filme de Terence Davies. Emily Dickinson foi uma mulher e uma poeta cuja história merece ser contada, mas o filme consegue fazer juz à sua história e à sua arte, algo que muitas vezes não acontece nesse tipo de filme…

    Abraço!

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    1. Imagino que muitos tenham começado a ver filmes com os desenhos da Disney, também. No meu caso, a infância coincidiu com um período em que o estúdio estava um pouco em baixa. ‘Fievel’, por exemplo, me marcou mais que ‘Bernardo e Bianca’. As animações da fase ‘O Rei Leão’ acabei vendo já adolescente.

      Obrigado pelo comentário. Abraço!

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