EP 69: Qual o Papel da Distribuidora de Cinema? | Nocturama | Quase 18

Já Visto, Jamais Visto

Quando algum filme muito aguardado não chega aos cinemas, a sensação entre os cinéfilos é inevitável: decepção. Esta semana, a expert em distribuição Paula Ferraz explica os bastidores desse processo: onde os filmes são negociados e qual o percurso deles até estrear? Por que longas tidos como importantes permanecem inéditos, e jamais vistos (10:43)? Qual o papel do streaming no mercado brasileiro?

Chico Fireman, Michel Simões e Tiago Faria aproveitam para discutir dois desses filmes ainda não lançados. Em Nocturama (46:01), dirigido por Bertrand Bonello, um grupo de jovens terroristas comete um atentado em Paris. Já Quase 18 (1:09:34), da estreante Kelly Fremon Craig, traz uma personagem que parece saída de um filme de John Hughes.

E mais: Cantinho do Ouvinte, nova rodada recheada de Recomendações e uma surpresa para nossos ouvintes. Bom podcast!

ATENÇÃO: Paula trouxe brindes para nossos ouvintes. Para saber quais são, só ouvindo o podcast até o fim.

METAVARANDA (média das notas dos filmes comentados na edição)

Nocturama | Bertrand Bonello | 80
Quase 18 | The Edge of Seventeen | Kelly Fremon Craig | 75

Gravado na segunda, 10 de abril, na varanda do Michel.

34 comentários sobre “EP 69: Qual o Papel da Distribuidora de Cinema? | Nocturama | Quase 18

  1. Primeira de novo.. yess! haha
    Dos filmes que já assisti e ainda não forma lançados oficialmente indico a Autopsia de Jane Doe. Um excelente filme de horror. Outro que já saiu nos EUA, não tem previsão e nem informação se virá para o Brasil, e quero muito assistir é o Song to Song (Ryan Gosling e Fassbender).
    Com relação a discussão dessa semana, acho que hoje ir ao cinema é quase um “programa de luxo”, é surreal o valor do ingressos para quem não paga meia entrada. Além da má distribuição de cópias legendadas, dubladas e com 3D (digo isso com referência a região onde eu moro – Grande ABC, imagino que na grande SP esse não é um problema).
    Novamente, adoro o trabalho de vocês

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    1. Sim, ir ao cinema virou um programa muito caro e, com a crise, ocorre o fenômeno que a Paula descreveu: o público escolhe aquele filme que, no ponto de vista dele, é O FILME imperdível da temporada. Resultado: muita bilheteria concentrada em poucos filmes.

      Obrigado pelo comentário (e agora fiquei curioso por ‘A Autópsia’, rs)
      Abraço!

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      1. Thiago, o “Autopsia” vale muito a pena… quando comecei a assistir achei q seria mais um filme de horror frustrado, mas ainda bem que me enganei rs

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  2. Novamente deixei alguém postar primeiro, pois sofri bullying duplo no programa pelo Chico… Queria dar-me o tricampeonato de primeiro comentário e ainda disse que poderiam refilmar As Inavasoes Bárbaras (Não faça isso!!!!) – kkkkkk – Brincadeira… kkkkk

    Adorei o episódio, penso que o problema de frequência no cinema este já associado a Ns. Cito dois:

    – O público mudou muito na última década. Hoje o espectador de cinema são jovens estudantes que frequentam ativamente shopping (realidade na maior parte do país),

    – Os filmes alternativos (visto por alguns como cults) são programas de pessoas/cinéfilos mais maduros que algumas vezes, por questão de conforto e evitar risco de assaltos, preferem ver os filmes em suas casas confortáveis.

    Minhas duas colocações podem “provadas cientificamente” (kkkkk – brincadeira) quando sabemos que mesmo na crise, o Brasil teve crescimento na venda de ingressos voltando a ficar entre os dez maiores mercados.

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  3. Uma sugestão de programa… Se vocês me permitirem…

    O que olhamos na análise de um filme?

    Acho que seria legal vocês explicitarem isso para os ouvintes de vocês.

    PS.: Perdão pelos erros de português e alguns conectivos engolidos, digitar em celular é duro.

    Abraço!

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    1. Boa ideia, Carlos

      Explicações da Paula à parte (e ela, como ‘insider’, sabe muito mais que eu sobre esse assunto), percebo que ir ao cinema ainda é um programa muito popular, principalmente entre jovens e (mais ainda) casais. É caro, sim, mas não tão caro quanto pagar um jantar num restaurante chique. O que talvez explique o alto número de ingressos vendidos, mesmo na crise.

      Agora, sobre cinéfilos… Acho que tem essa questão da comodidade que você apontou, mas também um fator financeiro: quem gosta de ver todos os 10 filmes que são lançados a cada semana certamente não terá dinheiro para bancar todos esses ingressos, a menos que seja de classe média alta ou rico.

      Abraço!

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  4. Varandeiros,

    Só um adentro sobre arrecadação de filmes falados em outras línguas (logo legendados) nos EUA.

    Se o critério de maior bilheteria for apenas filmes falados em outro língua (filmes com legendas), independente da produção ser estadunidense, A Paixão de Cristo de Mel Gibson é disparado a maior bilheteria nos EUA, já que fez um pouco mais de 370 milhões.

    Bem, é isso… Adorei a participação da Paula e senti falta da Cris…

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  5. Olá Varandeiros,

    Faz tempo que não comento mas ouço todos os episódios. Hoje foi excelente as curiosidades sobre o mercado de distribuição dos filmes, parabéns!

    Tô pagando pra ver um episódio que vocês não citem Christopher Nolan e/ou Nicolas Cage, ou que o Tiago não justifique que gosta do filme porque ele não é realista (rs… brincadeirinha)

    Nocturama ainda não vi, mas Quase 18 é muito bacana mesmo, poderia ser série, concordo 100%

    E eu ouço os episódios até o fim sim, mas já assisti o Era o Hotel Cambridge, que alias é até agora o meu favorito desse ano!

    Continuem com excelentes ideias como a desse episódio! Abraços.

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  6. Só deixando aqui pra lista de filmes que não estrearam no cinema. Uma aflição futura: The Irishman, do Scorsese, que depois de muito vai e vem, vai ser produzido pela Netflix, que caga pra experiência cinematográfica fora de casa.

    Dos que vi em casa ultimamente mas lamentei por não ter visto na telona: Cavaleiro de Copas, Blue Jay. Fora qualquer documentário que aqui em Joinville, SC, jamais chegou.

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  7. Excelente ideia de fazer episódio sobre os bastidores das distribuidoras, lançamentos, negociações, contratos, e tantos detalhes que envolvem o percurso de um filme até as nossas telas. A Paula foi muito didática e simpática nas suas explicações de ‘insider’. Até gostaria do ingresso dado como brinde, mas não acredito que o filme será exibido em Goiânia.

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  8. Olá varandeiros!

    Achei bem interessante a participação da Paula Ferraz neste Podcast. Foi bem legal saber os processos de aquisição dos filmes e o mundo por trás das salas de cinema. Entretanto, eu tenho umas perguntas para ela. Eu não entendo o porquê dos filmes do óscar demorarem uma eternidade para estrearem aqui. Às vezes um filme estreia nos EUA em setembro e só chega aqui no Brasil em março ou eles nem lançam. Qual é o motivo dessa demora? E sobre a pirataria, uma forma de reduzi-la não seria diminuir a janela de exibição entre a data que estreou no país de origem e o Brasil? Fica a Reflexão. Como uma nota de esclarecimento sobre o último podcast, meus comentários não são filmes do Shyamalan que enganam pessoas de maneira patética. Acontece é que eu escrevi o minha postagem na virada do 31 de Março para o dia 01 de Abril. E acabei publicando nesse último dia. Foi uma pura e singela coincidência. E fala pro Chico que eu não tenho nenhum problema com o Podcast, eu só achei humilhante e patética a defesa dele de um filme chamado bregamente de ‘Dama na Água’. Chico, pára que está muito feio e todo mundo está vendo. Na verdade, qualquer defesa a qualquer filme do Shyamalan é imbecil e ignorante. Outra coisa que me incomodou muito nesse Podcast e ficou até explícito é o porquê toda vez o Michel é SEMPRE o último a dar a nota e o porquê ele SEMPRE dá a menor nota, mesmo elogiando o filme. Sério, isso é paradoxal. Às vezes, eu tenho a impressão que ele parece àqueles jurados da dança dos famosos, que super elogiam a dança do casal, mas no final dá uma nota péssima. Michel, por favor, seja mais realista, mais verdadeiro e menos confuso e incongruente. Explique os motivos que levaram a você dar essa nota durante a análise do filme. Não jogue uma nota sem pensar. Não tem um mínimo de lógica em alguns momentos. Ás vezes eu acho que você espera todo mundo dar a nota, para você dar a menor para ficar com essa fama de que só dá as notas mais baixas. Isso demonstra muita falta de personalidade.

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  9. Acabei de ouvir o Podcast agora e só não vou comentar a frase da promoção porque eu vi Era o Hotel Cambridge durante esta semana. E, sim, adorei!! Só quero dizer que fiquei chateada por não ter conseguido ouvir antes, pois eu poderia ter economizado uma graninha, né…rs
    No mais, foi ótimo como sempre. Adorei a participação da Paula e, na sequência, vou aproveitar pra ouvir o episódio 51, sobre as traduções de títulos, que não ouvi até hoje…
    Só um detalhe: não foi meu o primeiro comentário no podcast 67 não. Eu não comento mais antes de ouvir tudo, pra vcs não me zuarem.

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  10. A Paulinha, além de ser a simpatia em pessoa, é alguém que entende tudo de cinema!! É sempre bom saber o que os insiders, sejam eles de qualquer meio, têm a dizer sobre os mais diversos assuntos! Parabéns pela iniciativa de trazê-la duas vezes ao programa… e que venham muitas mais!!!
    Eu tenho uma pergunta a fazer: É sempre um evento a parte, o momento em que o “Demolidor de Filmes” Michel Simões, dá a sua nota sobre os filmes comentados. É muito divertido!!! Eu gostaria de saber – para efeito de comparação e para tentar entender, nem que seja só um pouquinho, como a cabeça cinéfila dele funciona – qual filme, na opinião dele, mereceria uma raríssima nota 10.
    Muito Obrigado pelo conteúdo de altíssima qualidade que vocês nos proporcionam toda semana e um abraço à todos!!

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  11. Tudo nesse episódio foi maravilhoso. Amei! E aproveito para agradecer a indicação sensacional de “Martírio” que vocês deram em posts passado. Acho, ainda que seja prematuro, que é o filme do ano pra mim. Por gentileza, continuem com mais indicações assim, please. Se eu soubesse da promoção não teria ido assistir “Era o Hotel Cambridge”, que achei formidável. Chico, muito obrigado também por essa outra belíssima indicação. Me surpreendi tanto que fui ao cinema duas vezes. Até o presente momento estou esperando estrear aqui em Salvador o “Toni Erdmann”. Ainda tenho esperanças. E não peguem no pé do Michel, fiquei com dó dele sendo emparedado nesse episódio. Cadê a democracia dessa varanda? Cada um dá a nota que quiser.

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  12. Demorei para conseguir ouvir o episódio essa semana, mas fiz com tranquilidade no domingão em casa e realmente foi daqueles que somou. Adoro ser sabichão e sair falando, e algumas cutucadas da Paula me atingiram em cheio: eu era desses que criticava distribuidora que certamente perdia público pois demorava tanto que o filme já estava disponível para baixar em HD 1080 quando resolviam colocar no cinema; aí descubro ouvindo o poascast essa regrinha de que alguns contratos colocam restrição que não podem lançar antes de países x e y, e vejo que em muitos casos elas devem ficar rendidas (ou as escuras quando compram). Isso de pagar poster, trailer, entrevista, fiquei chocado. No final e na ponta do lápis, fiquei com a sensação de que quem entrar para brincar desse jogo entra para perder dinheiro; ou que o esforço muitas vales não vale o retorno (o caso do “Os 8 Odiados” cai de costas). E agora com esse negócio de a Netflix entrar na briga para ter os filmes também e lançar direto no streaming, vira quase uma competição desleal com as pequenas distribuidoras que querem lançar nos cinemas. Acho que a tendências, infelizmente, é de os filmes menores sumirem dos cinemas mesmo – e irem direto para o streaming via Netflix e afins. Lembro um ano de sundance que a Netflix fez a rapa e passou um tempinho estava chegando tudo direto no streaming. Definitivamente lançar filmes no cinema é um trabalho que dá trabalho, sendo pequeno distribuidor.

    Indo para a parte de filmes que não foram lançados nos cinemas brasileiros, não vejo espaço para os filmes asiáticos de ultra violência: “Eu vi o diabo” (que vai ganhar remake americano, por sinal, entrando no papo da semana passada) e “O gosto da vingança” do Kim Jee Woon , por exemplo. Achei um milagre o “Invasão Zumbi” ter tido espaço, e pelo que ouvi na época, foi um fiasco. Uma pena.

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    1. Acho que filmes de nicho (os sul-coreanos, por exemplo, as animações japonesas) tendem a ser lançados só em streaming, mesmo. Não valem o investimento das distribuidoras, infelizmente.

      Abraço!

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    2. Rapaz, um texto em ingles falava sobre o netflix como o cemitério dos filmes pequenos.

      Sinceramente, penso que nem tanto ao céu nem tanto ao inferno.

      A verdade é que precisa-se chegar a um meio termo, já que a experiência do cinema é única.

      Como diz Morin, são as cavernas dos nossos tempos.

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