EP 67: O Cinema de M. Night Shyamalan | Fragmentado | T2 Trainspotting

A Identidade Shyamalan

O controverso diretor M. Night Shyamalan (14:39) é o centro das atenções da edição. Entre fãs e haters, Chico Fireman, Michel Simões e Tiago Faria fazem um raio-x da carreira do cineasta, com direito a top 5. De quebra, debatem o seu mais recente filme, o suspense psicológico (com uma grande surpresa no fim, claro) Fragmentado (48:36).

Com o reforço de Cris Lumi, analisamos T2 Trainspotting (1:10:34), filme que marca o retorno a um longa-metragem que marcou época. Tem também o Cantinho do Ouvinte e a estreia de um quadro novo e inusitado. Em Varandeiro do Zodíaco (1:33:47), Ailton Monteiro decifra filmes e cineastas por meio dos signos. Bom podcast!

METAVARANDA (média das notas dos filmes comentados na edição)

Fragmentado | Split | M. Night Shyamalan | 71
T2 Trainspotting | Danny Boyle | 55

Gravado na terça, 28 de março, na varanda do Michel.

26 comentários sobre “EP 67: O Cinema de M. Night Shyamalan | Fragmentado | T2 Trainspotting

  1. Oi, pessoal! Não poderia concordar mais com o Roger Ferraz, depois de fazer o binge listening do podcast, dá uma tristezinha não ter esse encontro diário com vocês. No entanto, ouvir o Cinema na varanda já virou um ritual de terça-feira e já começo a ouvir quando o despertador toca. Além disso, meu dia de ir ao cinema passou obrigatoriamente até a segunda, para poder assistir às estréias antes do podcast ir ao ar.
    Fiquei bem surpresa com o episódio sobre o Shyamalan, pois estava esperando que ele ia ser arremessado da varanda pelo conjunto da obra! XD
    Particularmente, não me encaixo em nenhum dos extremos sobre o diretor; gosto muito de alguns filmes, como ‘A vila’, mas não tive coragem de encarar coisas como ‘O Último Mestre do Ar’. Fiquei bem surpresa com a boa classificação de ‘A vila’ entre vocês, pois dentro do meu círculo de amigos é uma unanimidade de filme ruim, tenho até medo de rever e entrar no clube. Quanto ao ‘Fragmentado’, fui para o filme sem grandes expectativas e acabei sendo positivamente surpreendida, ele conseguiu me envolver no suspense da coisa, em grande parte pela atuação assustadora do McAvoy. O “twist” que acaba vindo no meio do filme (concordo que podia ter tido menos flashbacks) não foi tão surpreendente e me deu a impressão de que veio só cumprir a cota shyamalânica de twist.
    Sobre T2, não sou capaz de opinar, porque o filme ainda não estreou e nem sei se vai estrear em Maceió (o cinema continua lento por aqui, Chico), mas tenho que falar que é sempre um prazer quando ganhamos um ‘Fala, Cris!’ versão estendida. =)
    E sobre o quadro novo, normalmente ouço o podcast com o bloco de notas aberto, agora vou ter que andar com um caderno físico para dar conta das recomendações! Adorei a proposta e já estou ansiosa para o quadro de dezembro!
    Um abraço grande

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    1. Mas o Shyamalan foi SIM arremessado parcialmente da Varanda, Ana (pelo Michel, hahaha).

      Muito bacana seu comentário e também ficamos muito felizes com a versão turbo-master do ‘Fala Cris!’. Dá até vontade de torcer para o Danny Boyle seguir fazendo continuações de filmes que dirigiu nos anos 90 (brincadeirinha, tá?)

      Abraço!
      Tiago

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  2. Varandeiros,

    Eu deixei surgir o primeiro comentário para não sofrer novo bullying 😂😂😂

    Por sinal, hoje ouvi primeiro antes de comentar…

    Meu top five do Shyamalan é o seguinte:

    1) Fim dos Tempos
    2) Corpo Fechado
    3) A Vila
    4) Sinais
    5) A Dama na Água

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  3. Spoilers…

    Alguns apontamentos sobre Fragmentado.

    1) Shyamalan continua a mostrar toda sua perícia no ato de movimentar a câmera. Podemos ver isso na belíssima sequência inicial e a sequência final (a grande surpresa).

    2) A utilização de grande angulares para filmar os ambientes, característica do cinema de Shy, ajuda a compor o clima claustrofóbico do ambiente de cativeiro.

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  4. Spoilers

    3) É possível pensar num certo nillismo no filme. Afinal, a final girl ou será comida pela Fera ou pelo Tio (desculpa a expressão). Mas, a sutileza de Shyamalan é fantástico e desconstrói essa possibilidade no plano final da policial, atrelado a bela rima visual da menina com espingarda (em uma ela não atira na Fera, na outra atira).

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  5. 4) Muitas críticas giram entorno da veracidade da teoria do TDI abordada por Shy. Bem, cinema é arte e por ser arte não tem compromisso nenhum com veracidade de teorias. A teoria está para ser usada pelo cinema e não o contrário. Nesse aspecto, as críticas são equivocadas, pois estamos cobrando do filme algo que ele não se propõe. O filme é de origem. O filme é sobre o surgimento de um supervilão.

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  6. 5) Qual o defeito só filme. Sim! Há um baita defeito. Um horror que deseja ser horror, como Shyamalan vinha construindo brilhantemente, não pode ser exangue, anêmico… Talvez, não seja um defeito, talvez seja o Shyamalan e uma de suas características… Talvez seja eu cobrando demasiadamente dele… Ele, no meu ponto de vista, é o melhor diretor da sua geração.

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    1. Gostei muito da análise. Continue! Hahaha.

      Olha, não sei se o Shyamalan estava querendo fazer um filme de horror-horror, seguindo a fórmula do gênero. Isso não me incomodou, sinceramente. E essa história de ‘veracidade da teoria de TDI’ é coisa de nolete com tempo livre. né. Cinema é arte, não tem esse tipo de restrição à imaginação.

      Abraço

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  7. Eles não falaram de Sinais? Eu perdi? Uma outra personalidade minha que ouviu no meu lugar?

    Pra mim é um dos melhores dele. Talvez meu favorito.

    Enfim. Vou voltar a ouvir porque parei na metade.

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  8. Tiago…

    Minha resposta vai por aqui.

    Fim dos Tempos é o filme mais honesto, quanto a narrativa fílmica, da carreira de Shyamalan, não apresentando reviravolta ou qualquer elemento que venha inflar o desenvolvimento da película.

    Muito criticado na época do lançamento e ainda hoje, Fim dos Tempos é uma homenagem direta aos filmes sobre revolta da natureza dos anos 70.

    Um filme apocalíptico que foca no medo e nas emoções familiares, sem preocupar-se com o desespero das multidões tão presente em filmes de catástrofes (vide Terromoto).

    Ao voltar a lente para o familiar, coisa que fez em Sinais, Shyamalan foi massivamente criticado pela atuação dos atores.

    Ledo engano daqueles que avaliaram as atuações como ruins, pois, elas cumpriram com a proposta de Shy (estamos falando de um filme B), que era mostrar a construção das emoções e do medo sem necessariamente causar esses sentimentos no espectador.

    Por isso, o vento traz o medo. Medo do que não vemos. Medo da falta de resposta. Medo por saber que qualquer resposta para o fenômeno será sempre uma explicação inventada.

    O clímax do filme, quando o casal decide morrer juntos, é outra quebra com o gênero deste tipo de filme.

    Qualquer diretor recorreria a emoções exacerbadas, lágrimas e tudo mais.

    Shyamalan faz o contrário, opta por fazer do clímax quase um anticlimax que reitera que o filme não é sobre mortes, mas sobre sentimentos.

    É, no meu ponto de vista, o melhor trabalho dele.

    Abraços!
    Carlos Lira

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  9. Eu não entendo minha relação com o Chiamalã. Tirando O Sexto Sentido que é algo que vejo a parte, o resto vivo uma relação de amor e ódio; mas ele vive me despertando uma vontade de voltar aos filmes dele, e acho isso positivo. Adoro “Fim dos Tempos”. Me julguem.

    Adoro as cutucadas no Nolan. Gratuitas e bem colocadas. kkkkk

    Abs

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  10. Acho que ‘A Visita’ está para mim assim como ‘A Dama na Água’ está para o Chico. Adoro esse filme que quase todo mundo odeia. Lembra quando batemos aquele papo sobre comédia aí na Varanda? Que talvez seja o gênero mais pessoal de todos? Pois é, ‘A Visita’ foi o filme que eu mais ri nos últimos tempos. Isso é comédia para mim. Achei bem legal essa versão Corman/Raimi – dois caras que eu admiro pra caramba – do Shyamalan. Sem medo de ser feliz com pouca grana. Achei que ele desabrochou com a liberdade. Por isso até voltou à essência de seus filmes mais autorais. ‘A Visita’ foi tipo uma terapia do grito para ele. Estou visualizando a psiquiatra do Fragmentado explicando isso (só para homenagear o Michel).

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  11. Sério, eu não acredito que vocês desperdiçaram tempo e paciência para falar da vida desse projeto de diretor chamado Manoj Night Shyamalan. Eu só queria vomitar a cada momento que vocês elogiavam ele ou falavam bem de uma coisa chamada ‘Dama na Água’. Por Favor, se respeitem. Assistam filmes bons e não se rebaixem a esse nível grotesco de cinema. Na verdade, isso nem é cinema. É só lixo mesmo. Em 1999, quando ele lançou o Sexto Sentido, eu até achei ‘Nossa tá aí o novo Steven Spielberg’. Mas que engano! Os dois filmes seguintes ‘Corpo Fechado’ e ‘Sinais’ até tinham várias qualidades, entretanto o desfecho era uma bobagem, não era tão bom como o primeiro filme, mesmo assim eu pensei que ele poderia melhorar e voltar a fazer coisas interessantes no futuro, já que ele tinha feito um grande sucesso POP antes dos 30 anos de idade e era uma questão de tempo para ele se adaptar e crescer novamente. A questão é que isso nunca aconteceu, a involução dele foi implacável e sistemática. De lá pra cá ele fica pior a cada filme, ele fica mais estúpido a cada filme. De ‘A Vila’ a ‘Dama na água’ passando por ‘Fim dos Tempos’ e ‘ O Último Mestre do Ar’. Gente, ele piora em progressão geométrica. Não Dá! O Último Mestre do Ar é idiota, desonra o desenho da Nickelodeon, os cenários pareciam carro alegórico de escola de samba, os atores eram péssimos, a lógica era inexistente, os diálogos eram horríveis e direção dele muito amadorística. E ainda eu nem falei de ‘A Visita’ que com uns 15 anos de atraso ele adere ao found footage, como se fosse uma novidade e a revelação final do filme é ri-dí-cu-la. O filme até começa com uma proposta legalzinha, mas depois tudo é arrasado da metade pro final. Eu sofro mais quando eu vejo um filme do Shyamalan do que quando eu vejo um filme do Michael Bay. E ‘Depois da Terra’ esboço de graphic novel criada por Will Smith, com uma história bobíssima, visual medonho, roteiro podre e atuações de Will e Jaden smith sofríveis. A ação nunca empolga e não tem nenhuma emoção. Um filme indiferente e entediante. Tem uma explicação para esses desastres cinematográficos do Shyamalan. Eu li algumas matérias que as pessoas que já trabalharam para ele dizem que o Shyamalan é um diretor que não dialoga, ele usou todo o cacife que ele ganhou com sexto sentido para se promover. Ele dirige, ele escreve, ele produz, ninguém pode dá palpite, ou seja, não tem ninguém que diga a verdade para ele. E a verdade é que, aquilo que ele acha inteligente, não é, aquilo que ele acha interessante não é, e aquilo que ele acha que é bonito, geralmente é horrível. Parece que o Shyamalan se considera um gênio. Ele passou a última década piorando de filme em filme e continua na mesma arrogância, na mesma superioridade. Tudo isso é muito triste e decepcionante. Até os melhores diretores aprendem no decorrer de suas carreiras e ele continua na mesmisse de sempre. Os filmes deles sempre são rodeado de mistérios, mas pra mim o seu maior mistério é porque raios alguém financia as suas ideias.

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    1. Vinicius, li o comentário no fim de semana e só hoje percebi que ele foi publicado no dia 1° de abril. Foi proposital. Rs.

      Olha, gostei de ler uma opinião tão contundente e raivosa sobre o Shya. Só prova o que falávamos sobre a maneira como ele divide opiniões e enfurece parte do público.

      Abraço!

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  12. Essa pergunta, sobre financiamento, é fácil Vinicius.

    1) Shyamalan tira do bolso boa parte para não sofrer intromissão no seu trabalho artístico.

    2) Os lucros que os dois filmes de Shy deram foram altos.

    – A Visita arrecadou 96 milhões tendo custo de 5 milhões, ou seja, lucrou 19 vezes mais do que seu investimento.

    – Split custou 9 milhões – por sinal, varandeiros, vocês se equivocaram quando disseram que ele voltou a fazer filmes com bons orçamentos – e tem previsão de arrecadar algo como 280 milhões nas bilheterias do mundo, ou seja, 31 vezes mais do seu orçamento.

    Em síntese, o Shyamalan de baixo orçamento é extremamente rentável e é, goste ou não, cinema/arte autoral.

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  13. eeehhh varandeiros.. belo episódio! discussão ficou braba, só não curti a estreia desse quadro novo kkkk.

    há um tempo fiz um daqueles comentários no qual eu queria saber mais sobre a opinião de vcs do q realmente comentar o pgm. mas acho q vcs não viram kkkk eu recomendei uma música, “A terça parte da noite não dormi” do Makalister,, eh um rap no qual tem muuuitas referências a cinema e ele cita vários filmes q vcs dizem amar como Elefante, cavalo de turim, etc! e as referências não são feitas de maneira óbvia! admiro muito o trabalho desse cara, toda a obra dele eh intercalada com o cinema.. e queria muuuito saber a opinião e reação de vcs sobre esse som q cita até filmes q ainda não vi, mas q talvez vcs já tenham visto kkkkk!
    abraços,, progresso pra varanda! tmj.🐊🎬

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  14. Olá, Varandeiros! Leio os blogs de vocês há MUITOS anos, mas só agora comecei a ouvir o podcast. Estou gostando muito, e esse episódio me inspirou a ver o filme do Shya, um diretor que eu não acompanhava já há algum tempo.

    Adorei o filme! Fiquei extremamente tenso com a direção e impressionado com a atuação do McAvoy, mas o que eu mais gostei foi o equilíbrio perturbador entre os “pontos de vista” do filme sobre aquilo que acontece. Ele não trata o distúrbio como uma deficiência, mas também não o romantiza. Ele confunde as fronteiras entre vítima e vilão de um jeito ambíguo, e apresenta um discurso (religioso, no fim das contas) sobre o valor da dor e do sofrimento que parece “justificar” ou “compensar” coisas horríveis cometidas contra certos personagens – mas esse discurso é veiculado pelo “monstro”, o que deixa no ar a pertinência daquelas ideias.

    No fim das contas, é um filme ambíguo na medida certa, e bastante aberto ao desenvolvimento futuro desse conflito de ideias (como parece que vai acontecer na já anunciada continuação). Desde já ansioso para ver o que o Shya reserva para a próxima vez.

    Continuem o bom trabalho!
    Abraço

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