Fé Demais Não Cheira Bem
A fé em três momentos. No episódio da semana, Chico Fireman, Cris Lumi, Michel Simões e Tiago Faria batem um papo sobre filmes que, de alguma forma, tratam da crença naquilo que não se vê.
No drama Silêncio (10:10), o novo de Martin Scorsese, jesuítas portugueses são perseguidos pelo governo japonês. Há como pregar uma fé sem violar uma cultura? Em Personal Shopper (42:52), o instigante thriller de Olivier Assayas, uma mulher vive uma crise de identidade, dividida entre o trabalho maçante e os contatos com espíritos.
Por fim, Kong – A Ilha da Caveira (1:05:25), um exemplar de filme de aventura, com elementos de ação B, cujos personagens adoram o grande macaco que os protege. E mais: Cantinho do Ouvinte e, entre as recomendações, um clássico de Alain Resnais. Bom podcast!
METAVARANDA (média das notas dos filmes comentados na edição)
Silêncio | Silence | Martin Scorsese | 65
Personal Shopper | Olivier Assayas | 74
Kong – A Ilha da Caveira | Kong: Skull Island | Jordan Vogt-Roberts | 58
Gravado na segunda, 13 de março, na varanda do Michel.
Quero ouvi-los, mas tô no Seminário de Pesquisa…
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Como este foi o primeiro comentário do post, será lido no próximo Cantinho do Ouvinte, rs. Abraço
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Pensa, entro no site e vocês já estão no “ar”, mas estava no seminário de pesquisa do doutorado… Que minha orientadora não me ouça, mas estava chato pra caramba…
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Scorsese é um dos meus diretores preferidos. Graças a crítica do Chico, “O Rei da Comédia” é um dos meus preferidos dele. Ainda não conferi “O Silêncio”, mas depois desse podcast, vou definitivamente conferi-lo!
Parabéns a todos pelo programa, excelente em todos os níveis!
PS: Vale a pena conferir o curta do Jordan Vogt-Roberts “Successful Alcoholics”, achei muito bom.
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Obrigado, Gabriel. ‘O Rei da Comédia’ é meu preferido do Scorsese. Abraço!
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Oi gente! Fiquei feliz em meu comentário ter sido lido no episódio! 🙂
Assisti Silence e gostei bastante do desenvolvimento dos personagens, da história e também da fotografia. Na minha opinião o filme, assim como a Amy Adams acabou sendo injustiçado pelo Oscar também. Gostaria de saber a opinião de vocês sobre o filme “Fome de Poder” ( The founder) que entrou em cartaz na semana passada. Acham que esse filme pode ser uma aposta de indicação para o Oscar 2018 e para o Michael Keaton?
Eu assisti e achei uma história bem interessante, mesmo sendo cedo, eu apostaria em uma indicação pro filme.
Beijos!
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Também acho que ‘Silêncio’ foi injustiçado no Oscar. Por mim, teria entrado entre os melhores filmes. Não vi ainda o ‘Fome de Poder’, Fernanda. Vou ver com o Chico e com o Michel se eles assistiram.
Obrigado pelo comentário!
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Varandeiros,
Essa semana felizmente vi os três… Vamos lá…
1) Kong…
A) Filme despretencioso, repleto de referências e com foco no gorila gigante.
B) Uma das coisas legais do filme (além de trilha sonora) é permitir que o espectador entenda o que está acontecendo nas cenas de ação. De modo geral, os filmes de ação de hoje, influenciado pelo modo Bay de filmar, são totalmente picotados… Kong é bem mais do que isso e faz as cenas valerem o ingresso com imagens icônicas.
3) Se você for esperando o desenvolvimento dos personagens, está indo ver o filme errado. Kong é sobre Kong. Não é um filme sobre humanos, é um filme de monstros com a presença de humanos.
D) Ainda assim, Tom H. e B. Larson estão bastante apagados no filme. Sendo o grande destaque o pelotão de soldados.
2) Personal Shopper
A) Não é um filme de terror, ainda que flerte várias vezes com o gênero… Não é um filme de suspense, Ainda que tenhamos a melhor cena de suspense do ano no filme… Se o espectador for esperando um filme como Invocação do mal, passe longe, pois o filme é melhor do que esse último, mas não é sobre entidades que atacam humanos.
B) P.S. é um filme de uma personagem que está suspensa da realidade, mas que deseja encontrar um rumo pra vida. Uma personagem que vive no passado, estando no presente… Talvez por isso tenhamos uma personagem principal tão encantadora e complexa ao longo da trama… Personagem que mostra sua complexidade nos detalhes…
3) Silêncio
A) É um filme que visivelmente bebe no cinema japonês. Lembrei de Kurosawa e Ozu em muitas imagens.
B) É um filme sobre ataque aos jesuítas e a fé destes no cristianismo, mas que não quer polemizar com a resistência japonesa (este é um ponto fraco do filme, ficar sobre o muro).
C) É um filme em que o título diz muito sobre o filme… o silêncio de Deus…
D) Os jesuítas deveriam falar português.. Scorseses deveria ter feito isso…
Gostei muito de todos, Personal foi o que mais eu agradou, mas é inegável que todos têm virtudes no que se propõe.
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Um questionamento…
Eu gosto muito, mas gostaria da opinião de terceiros…
O que vcs acham dos filmes de Assayas brincar entre o fantástico e a realidade?
Um exemplo, os fantasma, que normalmente são entidades perigosas, aqui são entidades que habitam apenas é que até auxiliam o personagem do título.
O perigo está no real… Ao lado… (não posso dar spoilers)… Gostei dessa relação do fantástico com a realidade.
O que vocês acharam?
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Ótimos comentários, Carlos, como sempre. Vou abrir esse questionamento no próximo Cantinho do Ouvinte, ok? Acho que a discussão vai ficar mais interessante.
Obrigado!
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Falando sobre religião, aproveitem e falem depois sobre o novo filme do Eugène Green que estreia essa semana.
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Adivinhou, Carlos. Está na pauta da próxima semana.
Abraço!
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Fiquei tão empolgado com Personal Shopper, que me coloquei nos sapatos do Tiago no que se refere ao entusiasmo. Não apenas é um puta filme de horror, como também traz reflexões sobre o pós-vida e a questão da incompletude de Maureen. Achei tão interessante quando o Desconhecido pergunta a ela se ela deseja ser outra pessoa. E fora o arrepio de outra cena com belo uso de profundidade de campo.
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Opa. Maravilha, Ailton 🙂 Junte-se ao clube.
Abraço!
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E aí, varanders!
Adorei os comentários sobre Personal Shopper e as pílulas sobre os outros filmes do Assayas. O que me lembra que preciso ver muita coisa dele ainda.
Abraço!
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Valeu, Felipe
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