EP 44: Nossas Histórias nos Festivais | Inferno

Aquela Querida Sessão de Cinema

Em plena temporada de festivais internacionais, Chico Fireman, Michel Simões, Tiago Faria e Cris Lumi contam histórias (45:04) de romance, suspense, comédia e terror que ocorreram durante a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e o Festival do Rio. Quais foram as sessões mais marcantes? E as mais inusitadas?

Antes disso, repassamos nossos preferidos do Festival do Rio (13:02), com comentários para filmes como Toni Erdmann, Eu, Daniel Blake, Nocturama, Você e os Seus e Personal Shopper. E mais: um papo rápido sobre Inferno, de Ron Howard (1:38;59), e recomendações para a Mostra SP (1:33:02). Bom podcast!

FILMES CITADOS NA EDIÇÃO

Destaques do Festival do Rio

Toni Erdmann | Maren Ade
Nocturama | Bertrand Bonello
Eu, Daniel Blake | I, Daniel Blake | Ken Loach
O Ornitólogo | João Pedro Rodrigues
Personal Shopper | Olivier Assayas
Você e os Seus | Yourself and Yours | Hong Sang-Soo
Loving | Jeff Nichols
A Mulher que se Foi | Ang Babaeng Humayo | Lav Diaz
Manchester à Beira-Mar | Manchester by the Sea | Kenneth Lonergan
Sieranevada | Cristi Puiu
Três | Three | Johnnie To

Gravado na segunda-feira, 17 de outubro, na varanda do Michel.

25 comentários sobre “EP 44: Nossas Histórias nos Festivais | Inferno

  1. Muito legal ouvir as histórias de festivais. Minha primeira Mostra foi em 95. Ainda morava em Santos. São Paulo é perto, claro, mas eu nunca tinha me virado sozinho na cidade. Fomos eu e um amigo da faculdade. Nem sabíamos o que iríamos ver. Chegamos no Conjunto Nacional e, olhando a programação, decidimos por ‘O Outro Lado de Hollywood’ que ainda era chamado de ‘O Celuloide Secreto’. Estava passando em um cinema perto da Praça Roosevelt. Não fazíamos ideia onde ficava aquele lugar. Enquanto discutíamos as opções, um cara do lado diz que ficava bem perto. Que dava para ir a pé. Foi aí que descobri que a métrica dos paulistanos era bem diferente da dos santistas.

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    1. Pertinho, hahaha. Lembro que, no minha primeira Mostra, fui descendo a Augusta no sentido Jardins achando que era o sentido Centro. Quando descobri era (quase) tarde demais. Saí correndo e consegui ver o filme – infelizmente, não lembro qual.

      Abraço!
      Tiago.

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  2. E ai varandeiros! Adorei ver vocês comentando os filmes do Festival do Rio!
    Também achei a seleção desse ano muito boa, mas infelizmente só vou conseguir ver 6 (apesar de ter terminado ontem, terão sessões extras até o dia 19).
    Desses que vocês comentaram, vi também:
    Nocturama – sensacional, que trilha sonora!
    O ornitólogo – talvez o meu preferido até agora. Mesmo sem saber da história de Santo Antônio, o filme tem uma magia que me prendeu muito.
    Toni Erdmann – achei bom, mas ao contrário do Ornitólogo, não houve nada no filme que realmente chamasse minha atenção ou me prendesse, salvo alguns momentos.
    BR 716 – Filme lindo do Domingos, pequeno e encantador.

    Os outros que ainda vou ver são Ma Loute, do Bruno Dumont, e La Region Salvage, vencedor do Leão de Prata em Veneza. Depois digo aqui como foram.
    Queria muito ter visto Sieranevada e Personal Shopper, vou torcer pra que entrem em circuito!

    Até semana que vem!

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    1. João, estou bem curioso pelo filme do Domingos Oliveira. Não consegui ver. Também não vi “O Ornitólogo”, que parece ótimo.Um pedido de cinéfilo abusado: depois de ter visto o do Dumont, deixe um comentário sobre ele aqui no blog, ok? Admiro muito o diretor e quero saber mais sobre esse filme.

      Abraço!
      Tiago.

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      1. A pergunta não foi para mim, mas vou me intrometer. Eu vi O Pequeno Quinquin e gostei. É um humor estranho, uma história mais ainda, mas eu gostei daquele universo e me diverti, no geral.
        Quanto ao Mistério na Costa Channel, eu achei muito ruim, tanto que foi um dos 2 filmes do Festival que eu não vi até o fim (começou atrasado, eu tinha outra sessão e não me doeu nada sair da sala). A história segue a linha do Quinquin, os policiais são tão atrapalhados quanto, mas na minha opinião o diretor perdeu a mão. O mote da história é, para resumir, um tabu social. E o policial gordo faz um barulho que vai se tornando mais chato a cada passo (até este detalhe me incomodou).
        Enfim, é isso. Me intrometi e falei de um filme que nem o final eu vi…

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  3. Eba!!! Sou o primeiro! Ótimo programa pessoal. Primeiro de tudo sou Paulista ta, e sou estressado mesmo… Brincadeira sou um fofo, mas confesso que teve um vez no cinema itau na augusta assistindo Café Sociedade, tinha um cara do meu lado que dava cada risada alta, eu queria matar ele, mas me segurei! hehehee

    Sobre os festivais/Amostra, esse será o meu primeiro, fiz um listinha do que eu vou assistir =D

    A CIDADE DO FUTURO – CLÁUDIO MARQUES, MARÍLIA HUGHES
    NOCTURNAL ANIMALS – TOM FORD
    ALBA – ANA CRISTINA BARRAGÁN
    THE BIRTH OF A NATION – NATE PARKER (Estou com pé atras devido aos escândalos do diretor)
    CINEMA NOVO – ERYK ROCHA
    HISTORY`S FUTURE – FIONA TAN
    ELLE – PAUL VERHOEVEN

    Vou colocar mais algumas depois! hehehe

    Sobre Inferno… O livro não é bom, surpreende apenas no final trazendo um proposta diferente, o filme alem de um roteiro retalhado muda o final para atender as expectativas dos Blackbusters é lamentável…

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    1. Cleyton, não foi o primeiro comentário 😦 mas prometo que ele será lido na próxima edição 🙂

      Olha, já vi o ‘Nocturnal Animals’ e achei bem fraquinho. E tem distribuição garantida no Brasil. Se houver algum filme melhor em exibição no mesmo horário, vale trocar sem culpa.

      Abraço!
      Tiago

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  4. Foi ótimo conhecer vocês! E também foi ótima essa edição do podcast. Gosto dessa abordagem mais pessoal, falando das experiências que o cinema proporcionou a vocês. Às vezes é bom pra descontrair. Aliás, eu passo vergonha ouvindo o podcast porque normalmente ouço em lugares públicos (no ônibus indo para a faculdade, numa lanchonete tomando café…) e às vezes tenho que lutar pra não rir alto e chamar a atenção das pessoas hahah

    Bom, agora sobre o Festival do Rio. Eu não sou tão rigoroso, poxa, mas esse festival teve um excesso de filmes três estrelas (“gostei, mas não amei”). Dos 35 que eu vi (ainda verei mais 3), dei 17 notas 3/5 hahah
    Confesso que esperava gostar mais de alguns filmes (Toni Erdmann, Sieranevada, O Auge do Humano…), mas no geral acho que o saldo do festival foi bem positivo. Meus favoritos foram Jovens, Loucos e Mais Rebeldes!! (Linklater), Manchester à beira mar (Lonergan), Nocturama (Bonello), A Mulher Que Se Foi (Lav Diaz), O Filho de Joseph (Eugène Green) e Personal Shopper (Assayas).

    Aliás, Tiago, você me convenceu a aumentar minha nota pro filme do Assayas. Eu tinha gostado bastante, mas queria assistir mais uma vez antes de mexer na nota.

    Tô tentando arrumar carona pra SP só pra assistir o filme do Lav Diaz e voltar no mesmo dia, mas tá difícil. Espero que eu consiga pra passar 8h numa sala de cinema com a varanda hahah

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    1. Pedro, a ideia é fazer um podcast que não nos aborreça, que seja também leve e divertido, mas suspeito que (como costuma acontecer com as comédias, aliás) nem todo mundo consiga entrar na nossa frequência. Muito legal saber que, para ouvintes como você, as conversas vão além das nossas piadas internas, hahaha.

      Desses filmes que você listou, não vi o do Green (inveja de você!) e o do Lav. Assisti hoje ao do Linklater e gostei bem. Será o assunto da próxima edição.

      Ah, e minha missão na Terra a partir de agora será combater os haters de ‘Personal Shopper’ (perceba na edição que o Chico ficou um pouco constrangido na hora de criticar o filme, hahaha).

      Abraço
      Tiago.

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  5. Até hoje fui em somente uma edição da Mostra de SP e foi sensacional. Assisti “Encontros e Desencontros”, “Espionagem na Rede” (“Demonlover”, que foi o primeiro Assayas que assisti), “Elefante”, e outros mais. Vendi tudo o que eu tinha (Cds e Livros) para ir, pois na época eu não trabalhava; consegui juntar quase R$ 300,00 (para passagem, comida e filmes), e o clima é fantástico. Até pegar fila na Mostra era produtivo, pois eu começava a bater papo com as pessoas como se as conhecesse desde a vida toda. Eu não conhecia São Paulo para andar sozinho, então andei muito à toa errando lugares; isso que só fiquei nas salas da região da Paulista, indo dos cinemas da Paulista, ali na Augusta tinha um cinema da DirecTV e tinha um shopping no outro sentido, que passou um monte dos filmes que vi. Nunca consegui casar férias no período de Mostra de SP ou Festival do Rio, mas um dia eu vou conseguir; experiência para não se esquecer.

    Excelente episódio; ouviria mais horas tranquilamente.

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    1. Henrique, nesse ano em que você foi à Mostra ainda não existia a regra da exclusividade de filmes. Acabei vendo alguns desses (‘Demonlover’ e ‘Elefante’, por exemplo) no Festival do Rio. Muito legal seu comentário, como sempre.

      Abraço!
      Tiago

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  6. Estou com o Pedro: esses episódios mais descontraídos funcionam muito bem e as histórias foram divertidas – sobretudo o momento “cortem a vinheeetaaaaaa!”, hahaha.

    O Festival do Rio foi (~está sendo~) bastante produtivo pra mim. Assisti a excelentes filmes, dentre os quais meus favoritos foram “One More Time With Feeling” (doc em 3D do Andrew Dominik sobre a produção do último disco do grande Nick Cave), “Personal Shopper” (feliz que tenha sido defendido por você, Tiago, pois também o considero um grande filme) e “Raw” (da francesa e estreante em longas-metragens para o cinema Julia Ducournau). Destaco também “Sieranevada” e “A Mulher Que Se Foi”, já comentado por vocês, e o brasileiro “Fala Comigo” do Felipe Sholl (um dos roteiristas do maravilhoso “Histórias Que Só Existem Quando Lembradas”), grande premiado do festival como melhor longa-metragem de ficção e melhor atriz para a ótima Karine Teles. Também gostei demais do novo do Linklater, mas deixo pra comentar a polêmica depois.

    Ainda sobre “Personal Shopper”, se é que vocês me permitem, rs, também detectei um “racha” na minha sessão. Parte do público ria em determinados momentos da projeção e achou tudo absurdamente ruim, parte foi conquistada pelo clima construído pelo Assayas do primeiro ao último plano. Me incluo no segundo grupo e confesso que saí da sessão refletindo justamente sobre esses filmes que assumem determinado aspecto fantástico apresentado em sua narrativa e se agarram nele até o fim, sem jamais “trair” sua proposta ou suas personagens. É como se o diretor acreditasse nas próprias imagens registradas (e aqui me lembro também de outra obra semelhante no que tange este aspecto, “A Bruxa” do Robert Eggers – sobretudo a cena final que ratifica ainda mais o caráter folclórico e fabulesco da proposta). Admiro particularmente quando os realizadores se propõem a exercitar determinado tema e linguagem sem jamais fazer pouco caso de seu objeto. O que vocês acham disso? Inclusive, será que conseguimos aplicar esta mesma reflexão, fugindo um pouco do escopo do filme de horror/fantástico, e transportá-la para filmes com propostas mais “realistas”?

    Grande abraço e uma boa Mostra aos sortudos!

    Até,
    Leandro Luz.

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    1. Leandro, o ‘One More Time With Feeling’ é um filme que quero muito ver. Sou fã do Nick Cave e gosto muito do disco mais recente dele. Acho que o Chico viu o ‘Raw’, mas não gostou muito. Perguntarei a ele no próximo episódio.

      Sobre o ‘Personal Shopper’ (que bom, mais um que gostou!): acho que o filme divide o público por tomar caminhos narrativos que não são os mais típicos e, principalmente, por tratar de uma maneira ‘realista’ o ponto de vista de personagens que acreditam sinceramente em espíritos. Mas (e infelizmente não tive tempo para me aprofundar muito nesse assunto durante o podcast) percebo que esse é um aspecto superficial do filme. Na verdade, noto que o Assayas está interessado em ir além disso e retratar o estado de espírito de uma mulher em um momento especialmente complicado da vida dela, mostrando como ela tenta negociar a rotina no trabalho com essa jornada mais íntima – nesse aspecto, o resultado me lembra o ‘Clean’.

      Tem um trecho de uma entrevista dele que esclarece esse aspecto. Está aqui:

      “I was inspired to create a character who was torn between a day job she doesn’t exactly relate to but has to do to pay the rent, and who at the same time is aspiring to higher things. That’s something that happens within all of us: we do some mundane everyday jobs, and then in our thoughts we deal with ideas, abstractions, hopes, and art; with things which are bigger than us. There’s a tension, and the more that we live in a society that’s materialistic, the more the tension becomes brutal and violent. That’s the core of our relationship to the modern world.”

      Abraço
      Tiago

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  7. O mais bacana no podcast Cinema na Varanda é esse clima gostoso que vocês transmite pela amizade e, unidos pela sétima arte, transmitem muita dedicação em cada colocação. Foi realmente uma surpresa nesse ano. Quanto aos festivais, ainda não tive oportunidade de ir – mesmo escrevendo exclusivamente sobre cinema independente no Cronologia do Acaso – mas tenho essa pretensão há bastante tempo e foi legal ouvir a história de vocês.
    Quanto ao “Inferno”, os livros de Dan Brown são muito repetitivos e se pautam, principalmente, nas conspirações que ligam diversos detalhes artísticos ou históricos, então desde o começo as adaptações foram fracassadas, na minha opinião. Algum de vocês viram o “Capitão Fantástico”? Para mim o melhor filme do ano!
    Abraço,
    Emerson T Lima

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  8. Caros, primeira vez que comento, então parabéns pelo podcast. Os ouviria até com durações mais longas, pois é ótima a companhia durante a realização de afazeres chatos ou quando estou perambulando de um lado para o outro. Além disso, moro fora e, por mais cafona que possa parecer (nível jogador de futebol levando quilos de feijão na mala), é sempre bom ouvir um sotaque brasileiro.

    Entre tantas sessões inesquecíveis, e já que o Chico mencionou, gostaria de relatar a minha “primeira vez” com Sátántangó, visto no Festival do Rio no mesmo ano que passou no Indie. Eu estudava no Centro do RJ, era o ano do vestibular, mas resolvi matar aula para ir no festival, então lá pelo meio-dia saí da escola e peguei um ônibus. Quando o ônibus estava passando pela Lapa, ficou preso no engarrafamento e da janela comecei a presenciar uma briga entre uma travesti e um usuário de crack que foi uma das coisas mais tristes que eu já vi na minha vida. A discussão era tipo pesadíssima, estavam aos berros e visivelmente alterados, não sei porque mas minha memória lembra do conteúdo como se fosse uma briga de casal. A certo ponto, enquanto o busão ainda estava uns dez minutos parado no trânsito, ela diz que vai se matar e ele responde algo como: “então vai, se mata, você não vale nada!”. Ato contínuo, ela, chorando, aos berros de “então eu vou me matar!”, já com os seios praticamente expostos, deita na frente do nosso ônibus, que era o primeiro depois da faixa de pedestres. Nisso rola a grande confusão, as pessoas saindo, as velhinhas culpando o crack, o motorista numa vibe de “porque durante o meu turno?”, um princípio de porrada e uma galera tentando separar os dois. Resolvida a treta – na medida em que a Guarda Municipal é capaz de resolver qualquer coisa -, estava tão espiritualmente na merda que, na falta do que fazer e pensar, só saí correndo pra não perder a sessão. Peguei uns dois ou três ônibus até chegar na Cochinchina que é o Instituto Moreira Salles para ficar 7 horas assistindo o colapso da Hungria comunista do sr. Tarr. Suado, meio chocado, comendo uns pães de queijo horrorosos que devem ter custado três reais cada. E, ainda assim, foi uma das grandes sessões da minha vida. Inesquecível justamente pelo poder do cinema de me tirar daquele dia merda, me levar pra outro lugar e colocar-me ali novamente, reabilitado, sete horas depois. Uma experiência única de ajustar o corpo ao tempo do filme. A imersão foi tamanha que sai completamente regenerado, como se passar sete horas naquele fim-de-mundo húngaro tivessem esvaziado o meu corpo dos problemas daqui. Afinal, a passagem do tempo pesa e cura.

    Sobre comida no cinema, certa vez, um senhorzinho, num comentário tipicamente carioca, soltou um sonoro “porra, trouxeram uma cesta básica pro cinema” porque uma moça começou a abrir uma embalagem de papel alumínio naquele modo extremamente vagaroso que acaba fazendo ainda mais barulho. A sessão era Noite e Neblina do Resnais e, por isso, ele ainda embalou um ranting no meio do cinema de “porra, como é que conseguem ver isso comendo um sanduíche, lambuzando os dedos??”.

    Abraços e perdão pela verborragia,

    PS: Tava lendo a discussão sobre Personal Shopper e, como quando vi o filme (num festival de cinema de terror!) havia um fã-clube adolescente da Kristen Stewart, lembrei de outra sessão inesquecível: ver Holy Motors no Odeon ao lado do fã-clube carioca da Kylie Minogue – isto é, umas 15 pessoas (a Kylie estava apresentando a sessão, btw). Não vou nem me estender no assunto, porque palavras nunca serão capazes de descrever o que eram as caras deles ao final sessão hahaha

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  9. Opa, Lucas, comente sempre. E, olha só que vantagem, temos três sotaques num podcast! Haha. Coincidência: vi o ‘Clouds of Sils Maria’ numa sessão praticamente ocupada por um fã-clube da Kirsten. A reação delas até foi ok. O que só confirma pra mim que não é um filme tão ‘pelo avesso’ quanto ‘Personal Shopper’.

    Maravilhoso o relato da sessão de ‘Satantango’. Realmente o cinema tem, entre outros poderes, o de nos ‘tirar de um dia de merda’.

    Abraço!
    Tiago.

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  10. Acabei de ouvir 1h43 de uma conversa deliciosa e voltei! Como me diverti neste episódio “a la Lav Diaz” rsrs
    Sobre histórias de Festivais, quem sou eu… só fui a 4 Festivais do Rio (o tempo em que moro na cidade) e, antes, circulei um pouco pelo Vitória Cine Video, que acaba sendo um festival bem legal em uma cidade em que as artes não tem grande espaço, mas nada comparável.
    Bom, como vocês disseram ao longo do papo, o público carioca tem um perfil diferente, que é o de fazer algazarra na sala do cinema. Não tenho ideia do motivo. E, confesso, isso me incomoda. Não tenho nada contra pipoca, eu como, mas pelo amor, pra que tanto barulho, né?? Enfim…
    E outra história de Festival que tenho é que eu estava na mesma sessão de Lav Diaz que o Chico, o reconheci no intervalo, mas não consegui falar com ele. Agora vou ter que esperar outro festival.
    Aliás, quero deixar aqui registrado: eu fiz questão de ver este filme por causa de vocês, do Cinema na Varanda, que falam do diretor programa sim e outro também. E quero agradecer por isso, porque achei o filme lindo, envolvente e muito diferente do que se costuma ver no cinema. Adorei!
    No mais, gostei de Personal Shopper, fiquei super envolvida na história. E, como Tiago, gostei daquela cena de “perseguição” por mensagem de celular.
    Eu adorei Manchester by the sea, foi o meu melhor filme do festival. Sieranevada verei hoje, na repescagem. E Nocturama e Toni Erdmann, infelizmente, não consegui ver. Difícil encaixar tantas coisas trabalhando no horário comercial…

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    1. Débora, muito legal saber que você viu o filme do Lav Diaz por causa das nossas recomendações. E, oba!, mais uma ouvinte que curtiu o ‘Personal Shopper’. Pelo visto, a parte da plateia que ficou enfurecida com o filme não ouve nosso podcast. E ‘Manchester’ é uma maravilha mesmo.

      Abraço!
      Tiago.

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  11. Cruzei com o Chico e com o Tiago durante o festival, mas não tive a chance de cumprimentá-los. Fica pra próxima. Compartilho do entusiasmo de vocês por alguns filmes, especialmente Manchester à Beira-Mar, Three e Você e os seus, mas queria destacar outros três filmes, todos com passagem por Locarno este ano – e, por coincidência ou não, argentinos: A ideia de um lago, da Milagros Mumenthaler; O auge do humano, do Eduardo Williams; e Hermia e Helena, do Matías Piñeiro. São três filmes curtos que achei bem especiais, e que, por uma razão ou outra, podem passar batidos; A ideia de um lago mesmo eu vi quase por acaso, depois de uma recomendação isolada, e entrou no meu top 3 do festival.

    O podcast foi ótimo, como sempre, e me fez lembrar de uma sessão de Barton Fink dentro de uma mostra dos Irmãos Coen na Caixa Cultural do Rio. A película do filme ficava soltando bem no início, nos créditos, e um senhor começou a reclamar muito quando o produtor da mostra veio na sala explicar a situação. Nisso, uma senhora sentada atrás dele ameaçou esfriar sua cabeça com um pouco de água. E ele fez mesmo, jogou um pouquinho de água de uma garrafinha na cabeça do senhor, que ficou possesso, despejou uma garrafa inteira na senhora, e quase avançou nela. No final, ele foi acompanhado pra fora da sala, e o filme foi projetado normalmente. Para mais, senti falta de uma menção a uma figura famosa tanto no Festival quanto na Mostra pelo seu cheiro característico (rs), mas talvez ele seja lembrado mais pra frente.

    Aproveitem a Mostra! Estou aqui com inveja de não poder acompanhá-los em SP. Abraços.

    p.s.: talvez seja tarde demais pra ser uma recomendação, mas aos ouvintes de BH, começa no dia 21 e vai até dia 27 a Mostra CineBH, que esse ano programou muita coisa interessante que teve aqui no Rio, além de uma retrospectiva do diretor português João César Monteiro, nada mais que imperdível para os que podem ir.

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    1. Nossa, Victor, que história! Hahaha. Numa sessão de ‘Os Descendentes’, aconteceu algo parecido. Mas, em vez de água, um senhor derrubou um saco quase inteiro de pipoca na cabeça de um sujeito que estava fazendo barulho na sessão.

      E toda retrospectiva do João César Monteiro vale muito a pena, claro. Ótima recomendação. Aliás, curioso aqui por esse ‘A Ideia de um Lago’.

      Abraço!
      Tiago.

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  12. Estava presente nesta tragicômica não-sessão de Habemus Papam no Frei Caneca! Tenho duas histórias rápidas sobre outras sessões curiosas na Mostra.
    1 – “Aquele” senhor malcheiroso estava presente na sessão da repescagem de Do Que Vem Antes, filme de 5h30 do Lav Diaz, no CineSesc. Escolhi estrategicamente um lugar bem longe dele, mas o dito cujo foi ao banheiro no meio do filme (não havia intervalos, a pedido do próprio Lav) e, quando voltou, sentou ao meu lado. Dei aquela disfarçada, fingi que iria ao banheiro e fui sentar do outro lado da sala.
    2 – Tive uma experiência bem parecida com a dessa sessão que o Michel descreveu do filme do Ceylan. No meu caso, foi com Era Uma Vez na Anatólia, na Reserva Cultural. Filme maravilhoso, eu saí com a certeza de não veria nada melhor naquele festival (e não vi mesmo), mas o público inicial tinha debandado e os que ficaram estavam com aquela cara desanimada.
    Boa Mostra para nós!

    Adriano Garrett/Cine Festivais

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