Tudo Sobre Minhas Mães
Entre todos os cineastas brasileiros em atividade, poucos são os que conseguem desenvolver uma carreira consistente, lançando filmes interessantes com regularidade. É o caso de Anna Muylaert. Menos de um ano depois de Que Horas Ela Volta?, recebido com elogios pela crítica em vários países, a diretora está de volta com Mãe Só Há Uma (11:27). No episódio, Chico Fireman, Michel Simões e Tiago Faria discutem o drama, sem chegar a um consenso. Em pauta, as diferenças e proximidades da trama com o caso Pedrinho (que inspirou o roteiro), a carreira da cineasta e as polêmicas em que o filme toca.
Num gênero totalmente diferente, os varandeiros comentam a comédia de ação Dois Caras Legais (48:16), do diretor Shane Black, com Ryan Gosling e Russell Crowe no papel de uma atrapalhada dupla de detetives na Los Angeles dos anos 70. Nas recomendações, a série da Netflix BoJack Horseman e destaque para a Mostra Glauber Rocha na Cinemateca, além de uma pequena homenagem a Arnaldo Duran, o narrador da nossa vinheta de abertura, que gravou um vídeo comovente esta semana. Tudo isso em ritmo de passagem da tocha olímpica. Bom podcast!
METAVARANDA (média das notas do trio para os filmes comentados na edição)
Mãe Só Há Uma | Anna Muylaert | 63
Dois Caras Legais | The Nice Guys | Shane Black | 47
FILMES E SÉRIES CITADOS NA EDIÇÃO
Mãe Só Há Uma
Durval Discos | Anna Muylaert
É Proibido Fumar | Anna Muylaert
Que Horas Ela Volta? | Anna Muylaert
Chamada a Cobrar | Anna Muylaert
Dois Caras Legais
Beijos e Tiros | Shane Black
Los Angeles – Cidade Proibida | Curtis Hanson
500 Dias com Ela | Marc Webb
As Horas Finais | Zak Hilditch
Máquina Mortífera | Richard Donner
Os Caça-Fantasmas | Ivan Reitman
Boogie Nights | Paul Thomas Anderson
O Último Boy Scout | Tony Scott
O Último Grande Herói | John McTiernan
Recomendações
Deus e o Diabo na Terra do Sol | Glauber Rocha
O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro | Glauber Rocha
Terra em Transe | Glauber Rocha
BoJack Horseman (série da Netflix) | Raphael Bob-Waksberg
Stranger Things (série da Netflix) | The Duffer Brothers
Gravado no domingo, 24 de julho, na varanda do Michel.
Como sempre, ótimo podcast. Gostei bastante do filme da Anna Muylaert e concordo que algumas cenas são um pouco exageradas, mas acho que a maioria se justifica tendo em vista o resultado final. Aparentemente eu fiz o primeiro comentário (se alguém não postar alguma coisa coisa nesses 30 segundos em que eu tô escrevendo), então queria mandar um salve pro Paul Thomas Anderson, porque eu sou fã (e aposto que ele ouve o podcast).
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Hahaha. Tá mandado o salve, Pedro. Abs!
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Gente!!! Eu ia ver Dois Caras Legais, mas agora desisti totalmente rs, que horror!!!! E tanto filme legal entrando essa semana, Chocolate e Um Dia Perfeito, vcs viram? sei que sou suspeita, mas Um Dia Perfeito achei maravilhoso, um roteiro tão redondo, que surpreende toda hora… e legal dizer, primeiro filme no Brasil sendo lançado simultaneamente em Cinema e VOD. Foi o filme de encerramento da Mostra ano passado… 🙂
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Vou assistir a Um Dia Perfeito, Paula, e, se eu gostar, recomendo na próxima semana. Bjo! Tiago
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Oi meninos,
É, sumi daqui… mas ouvi tudo; sumido, porém atento. O programa desse semana foi excelente de novo, principalmente pq suscitou umas reflexões que eu vinha acompanhando nas redes sociais. Eu não fazia ideia de que a crítica mais exigente tinha amado tanto Que Horas Ela Volta?, achava que o filme era apreciado até (muito até), mas que era visto como um filme redondo demais. O aparecimento de um produto completamente diferente como Mãe aflorou um amor pelo anterior e um estranhamento a uma Anna Muylaert que, a meu ver, é a síntese da Anna que sempre existiu e só tirou folga no longa anterior.
Enfim, eu adorei o filme mas tentei compreender todos que não curtiram. A grande parte, vcs inclusive, travaram no tratamento dado a dois temas diversos em pouco tempo; eu simplesmente abri mão da trama do sequestro. Pra mim o filme é sobre a história daquele garoto, Pierre/Felipe, que por um acaso tem aquele pano de fundo, poderia ser qq um outro q o fizesse interagir com uma nova família através da sua busca pela ideal identidade de gênero, que é o principal ali. Todo o resto é o típico choque de gerações, mas quando eu falo típico não quero dizer q ela não metaforize esse choque de maneira fascinante com a mesma busca de identidade. Acho definitivamente um acerto monumental, e de fato eu vejo tudo que alude ao sequestro a um pano de fundo. Um belo pano, com algumas ótimas soluções, num filme rebelde e arriscado, mas observei como pano.
Obrigado mais uma vez pelo ótimo programa, pelo ótimo entretenimento. Um abraço, meninos.
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Fico com a impressão de que o filme ganhe força para quem encara a trama do sequestro como pano de fundo. Eu não consegui ver assim (por razões pessoais, também), mas entendo o argumento. Abraço! Tiago.
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Hoje me dei conta que tinha começado a ouvir vocês lá pelo 10º podcast, fui procurar os anteriores e estou ouvindo o 1º. Tenho uma coisa a registrar: como a qualidade do som melhorou! As vozes estavam um pouco metálicas ali, anasaladas.
Isso sem falar na desenvoltura. Lá vocês fizeram uma lista dos melhores de 2015 e foram tão rápidos! Além de só o Tiago ter desrespeitado os 10+. Hoje não seria assim…rs
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Débora, melhoramos tecnicamente o podcast. E, de acordo com a Cris, ‘perdemos o medo do microfone’. Mas isso é ela quem diz. Eu ainda tenho bastante medo dele
Abs
Tiago.
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[…] Cinema na Varanda #32 – Tudo Sobre Minhas Mães […]
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